Enquadramento
Rural; isolado, situado em cabeço sobranceiro a vasto planalto, à Ribeira de Aguiar a O. e à Ribeira de Rodelos a N..
Na envolvente imediata foram detectadas fundações de muros que definem compartimentos, casas e ruas, vestígios de antiga aldeia.
Descrição
Planta rectangular; desprovida de cobertura.
Embasamento proeminente em forma de podium, com cerca de dois metros de altura, construído com grandes silhares de granito e rematado por cornija ou moldura, sendo visível nos lados N., S. e O., enquanto a E. parece ter sido truncado.
As paredes N., S. e O. assentes sobre o podium, são construídas em alvenaria de xisto, enquanto a parede E. congrega blocos irregulares de xisto e de granito; articulam-se através de quatro cunhais construídos com grandes blocos de granito.
Alçado principal: orientado a E.; três registos; 1º registo: porta em arco recto; 2º registo: janela em arco recto; 3º registo: janela em arco recto.
Alçado O.: três registos; 1º registo: cego ; 2º registo: pequena janela em arco recto descentrada; 3º registo: janela em arco recto.
Alçado N.: muros desmoronados.
Alçado S.: muros desmoronados.
Interior: espaço único entulhado; junto às paredes internas do podium e encostado a estas existe um pequeno muro de reforço; no reboco da face interna da parede O. existe ainda o registo de uma escada de acesso ao último registo.
Cronologia
Época romana, Séc. II d.c. - construção de templo ( A.V.Rodrigues, H.Frade );
Séc. X - hipotética construção de fortaleza (J.M.Garcia) *2;
Época medieval - seria atalaia ou torre defensiva em redor da qual se desenvolveu uma povoação ou teria permanecido a função religiosa ainda que reconvertida ? (H.Frade); denominar-se-ia inicialmente Turris Aquilaris (Torre das Águias) e teria servido de designativo ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar ou das Águias ( J.M.Garcia );
1165 - doação de Fernando II de Leão ao Convento de Santa Maria de Aguiar da Granja de Rio-Chico e outros domínios, daí resultando o facto da povoação de Torre das Águias se passar a denominar Torre dos Frades (J.M.Garcia);
Séc. XVI - as modificações operadas nesta época terão sido responsáveis pela redução do tamanho primitivo do edifício: a construção da parede E. terá levado à destruição de parte do podium e à mudança do acesso ao interior; possível remodelação das duas janelas da parede W.(H.Frade); as escavações efectuadas colocaram a descoberto vestígios da antiga aldeia;
1527 - contava 37 moradores;
Séc. XVII - funcionou como atalaia militar durante as Guerras da Restauração, que acumulou com a função residencial (J.Almeida, A.V.Rodrigues); reforçada com pequeno fortim;
1642 - teria sido definitivamente destruída e destituída da sua função militar após o ataque do Duque de Alba, o que terá contribuído para o desaparecimento gradual da povoação;
1941 - um ciclone terá provocado a ruína das paredes, segundo informação oral da população.
Tipologia
Arquitectura religiosa, romano e arquitectura militar, medieval.
Templo romano de planta clássica rectangular, correspondendo o actual espaço à cella; presença de podium, cuja cornija apresenta perfil característico dos templos dessa época.Teria sido inspirado no Templo de Júlio César no Forum de Roma (A.V.Rodrigues).
Características Particulares
Modificações posteriores para adaptação a atalaia militar e/ou residência senhorial; conjugação do aparelho de granito estrutural com alvenaria de xisto.
Observações
*1 Imóvel também designado por Torre das Águias, Torre dos Frades, Torre de Aguiar.
*2 Época romana, Séc. II d.c - construção de templo situando-se na proximidade de castro pré-romano (A. V. Rodrigues); construção de templo de planta rectangular, podium e paredes N. S. e O., tendo sido a actual parede E. construída posteriormente ainda que apresente o seu alicerce semelhante aos restantes, colocando-se a hipótese de que corresponderia à parede E. da cella, compartimento cujas dimensões corresponderiam ao espaço hoje visível; o acesso era feito através de uma escadaria que se desenvolvia através da parede E., dela apenas restando as fundações; teria talvez existido uma cripta, correspondente à altura do podium e sob a cella (H. Frade). A ausência de elementos arquitectónicos não permite ainda afirmar se se tratava de um templo in antis, com duas colunas adossadas e duas isentas na fachada, ou de um templo próstilo tetrástilo, ainda que esta última hipótese seja mais credível (H. Frade); desconhece-se a divindade a que era dedicado e a sua envolvente : forum, santuário ou local de culto da população de um vicus?
(fonte: IHRU)
Rural; isolado, situado em cabeço sobranceiro a vasto planalto, à Ribeira de Aguiar a O. e à Ribeira de Rodelos a N..
Na envolvente imediata foram detectadas fundações de muros que definem compartimentos, casas e ruas, vestígios de antiga aldeia.
Descrição
Planta rectangular; desprovida de cobertura.
Embasamento proeminente em forma de podium, com cerca de dois metros de altura, construído com grandes silhares de granito e rematado por cornija ou moldura, sendo visível nos lados N., S. e O., enquanto a E. parece ter sido truncado.
As paredes N., S. e O. assentes sobre o podium, são construídas em alvenaria de xisto, enquanto a parede E. congrega blocos irregulares de xisto e de granito; articulam-se através de quatro cunhais construídos com grandes blocos de granito.
Alçado principal: orientado a E.; três registos; 1º registo: porta em arco recto; 2º registo: janela em arco recto; 3º registo: janela em arco recto.
Alçado O.: três registos; 1º registo: cego ; 2º registo: pequena janela em arco recto descentrada; 3º registo: janela em arco recto.
Alçado N.: muros desmoronados.
Alçado S.: muros desmoronados.
Interior: espaço único entulhado; junto às paredes internas do podium e encostado a estas existe um pequeno muro de reforço; no reboco da face interna da parede O. existe ainda o registo de uma escada de acesso ao último registo.
Cronologia
Época romana, Séc. II d.c. - construção de templo ( A.V.Rodrigues, H.Frade );
Séc. X - hipotética construção de fortaleza (J.M.Garcia) *2;
Época medieval - seria atalaia ou torre defensiva em redor da qual se desenvolveu uma povoação ou teria permanecido a função religiosa ainda que reconvertida ? (H.Frade); denominar-se-ia inicialmente Turris Aquilaris (Torre das Águias) e teria servido de designativo ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar ou das Águias ( J.M.Garcia );
1165 - doação de Fernando II de Leão ao Convento de Santa Maria de Aguiar da Granja de Rio-Chico e outros domínios, daí resultando o facto da povoação de Torre das Águias se passar a denominar Torre dos Frades (J.M.Garcia);
Séc. XVI - as modificações operadas nesta época terão sido responsáveis pela redução do tamanho primitivo do edifício: a construção da parede E. terá levado à destruição de parte do podium e à mudança do acesso ao interior; possível remodelação das duas janelas da parede W.(H.Frade); as escavações efectuadas colocaram a descoberto vestígios da antiga aldeia;
1527 - contava 37 moradores;
Séc. XVII - funcionou como atalaia militar durante as Guerras da Restauração, que acumulou com a função residencial (J.Almeida, A.V.Rodrigues); reforçada com pequeno fortim;
1642 - teria sido definitivamente destruída e destituída da sua função militar após o ataque do Duque de Alba, o que terá contribuído para o desaparecimento gradual da povoação;
1941 - um ciclone terá provocado a ruína das paredes, segundo informação oral da população.
Tipologia
Arquitectura religiosa, romano e arquitectura militar, medieval.
Templo romano de planta clássica rectangular, correspondendo o actual espaço à cella; presença de podium, cuja cornija apresenta perfil característico dos templos dessa época.Teria sido inspirado no Templo de Júlio César no Forum de Roma (A.V.Rodrigues).
Características Particulares
Modificações posteriores para adaptação a atalaia militar e/ou residência senhorial; conjugação do aparelho de granito estrutural com alvenaria de xisto.
Observações
*1 Imóvel também designado por Torre das Águias, Torre dos Frades, Torre de Aguiar.
*2 Época romana, Séc. II d.c - construção de templo situando-se na proximidade de castro pré-romano (A. V. Rodrigues); construção de templo de planta rectangular, podium e paredes N. S. e O., tendo sido a actual parede E. construída posteriormente ainda que apresente o seu alicerce semelhante aos restantes, colocando-se a hipótese de que corresponderia à parede E. da cella, compartimento cujas dimensões corresponderiam ao espaço hoje visível; o acesso era feito através de uma escadaria que se desenvolvia através da parede E., dela apenas restando as fundações; teria talvez existido uma cripta, correspondente à altura do podium e sob a cella (H. Frade). A ausência de elementos arquitectónicos não permite ainda afirmar se se tratava de um templo in antis, com duas colunas adossadas e duas isentas na fachada, ou de um templo próstilo tetrástilo, ainda que esta última hipótese seja mais credível (H. Frade); desconhece-se a divindade a que era dedicado e a sua envolvente : forum, santuário ou local de culto da população de um vicus?
(fonte: IHRU)
Inserida num vale, e com o Rio Águeda a separá-la de Espanha, Almofala foi atractivo para vários povos.
Em Santo André foi localizado um castro Celta, destacando-se ainda hoje as esculturas Zoomórficas (Berrões) a atestar a presença de Vetões.
A presença romana é bem visível na torre e na Ara votiva que nos fala da CIVITAS COBELCORUM.
O topónimo Almofala tem origem árabe, no termo ALMOHALA e significa “acampamento”. Surge mencionado pela primeira vez em documentos do ano de 1217.
Em Outubro de 1642, a freguesia foi muito destruída pelos espanhóis e, existindo um cruzeiro a assinalar esse episódio.
Foi nessa altura que as aldeias de Torre dos Frades e Colmenar, foram completamente destruídas.
Em termos Monumentais destacam-se a Torre de Almofala, classificada como Monumento Nacional. O Cruzeiro Roquilho do séc. XVI, classificado como Imóvel de Interesse Público que assinala uma antiga via de peregrinação a Santiago de Compostela.
Em Santo André foi localizado um castro Celta, destacando-se ainda hoje as esculturas Zoomórficas (Berrões) a atestar a presença de Vetões.
A presença romana é bem visível na torre e na Ara votiva que nos fala da CIVITAS COBELCORUM.
O topónimo Almofala tem origem árabe, no termo ALMOHALA e significa “acampamento”. Surge mencionado pela primeira vez em documentos do ano de 1217.
Em Outubro de 1642, a freguesia foi muito destruída pelos espanhóis e, existindo um cruzeiro a assinalar esse episódio.
Foi nessa altura que as aldeias de Torre dos Frades e Colmenar, foram completamente destruídas.
Em termos Monumentais destacam-se a Torre de Almofala, classificada como Monumento Nacional. O Cruzeiro Roquilho do séc. XVI, classificado como Imóvel de Interesse Público que assinala uma antiga via de peregrinação a Santiago de Compostela.
(fonte: Câm. Mun. de F. de Castelo Rodrigo)
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