Fonte: ex-DGEMN, actual IHRUÉpoca de Construção:
Séc. XII
Séc. XV
Séc. XVI
Séc. XVII
Arquitectos, Construtores, e Autores
Fernão Gonçalves
Diogo de Arruda
João de Castilho
Diogo de Torralva
Francisco Lopes
Filipe Terzi
Pedro Fernandes de Torres
Diogo Marques Lucas
Olivier de Gand e Fernão Muñoz (antigo cadeiral)
Fernão Anes (pintor)
Jorge Afonso (pintor), atr.
Gregório Lopes (pintor) atr.
Domingos Vieira Serrão (pintor) atr.
Simão de Abreu (pintor)
Tipologia
Arquitectura religiosa e militar, românica, gótica, manuelina, renascentista, maneirista, barroca.
Capela-mor de planta centralizada, adaptação da primitiva rotunda românica templária inspirada no modelo oriental das igrejas circulares italo-sírias e na linha arquitectónica do templo do Santo Sepulcro de Jerusalém.
Claustros góticos com arcadas quebradas sobre colunas grupadas, característica da época *8.
Nave manuelina de espaço unificado coberta com abóbada rebaixada, polinervada, com combados, sobre mísulas.
Portal-retábulo preenchido com grutescos, elementos vegetalistas e estátuas de vulto.
Janelas, frisos e platibandas do corpo manuelino com decoração vegetalista, emblemática e grutescos.
A planta do conjunto monacal quinhentista parece inspirar-se na do Ospedale Maggiore em Milão (KUBLER, 1927).
Claustro de D. João III maneirista, com alçados inspirados no pórtico da basílica de Vicenza de Jacopo Sansovino, solução dos chanfros dos ângulos, bebida no pátio da Imperiale Nuova, de Genga (COELHO, 1987).
Solução barroca na fachada NE. do Convento, com frontões contracurvados e pináculos moldurados rematando a Sala dos Cavaleiros.
Características Particulares
Dormitório de planta cruciforme.
Hábil adaptação da nave ao declive do terreno, criando-se um espaço sob o coro com abóbada de perfil muito rebaixado.
O corpo da Botica e Enfermaria, de 2 registos sobre embasamento, tem o 1º em parte soterrado, embora mostre vãos emoldurados de janelas.
O mesmo sucede com parte do embasamento do convento, do lado S.
No exterior a nave possuí contrafortes profusamente esculturados e é cintada por frisos decorativos.
A denominada janela da Casa do Capítulo é igualmente decorada internamente com elementos de passamanaria.
Aos elementos decorativos manuelinos sobrepuseram-se decorações neo-manuelinas de vincado cariz marítimo.
A Casa do Capítulo inacabada tem o 2º piso manuelino e o 1º renascentista, tendo este sido escavado na rocha.
Dados Técnicos
Estruturas mistas e autoportantes.
Materiais
Cantarias de calcário, alvenaria mista rebocada, alvenaria hidráulica, tijolo, betão armado, lajedo, azulejo, mármore, madeira, ferro, vidro, telha.
Intervenções Realizadas
Proprietários:
- 1º Conde de Tomar:
1838 - redimensionou as estâncias da ala do noviciado, onde estabeleceu a parte social da residência, murando as portas renascentistas do corredor para essas estâncias e delas para a varanda sobre o Pátio dos Carrascos e rasgando novas portas; construção numa parte da dita varanda de um jardim de Inverno à sala de jantar; construção a partir do terraço do "choço" *3, encostada a uma parte da fachada S., de um acrescento à altura de 2 andares onde se instalou no espaço térreo uma capela e, no andar superior, uma sala de estar;
restauro da muralhas entre a Porta do Sangue e a borda do "choço", ou seja a horta, para criar um passeio de recreio;
construção de uma estufa junto deste troço de muralhas;
construção de uma varanda pequena, ao fundo da varanda do Pátio dos Carrascos, que servia de acesso e regalo aos quartos dos donos da casa, instalado num espaço ao nível do 3º andar, no extremo poente da ala N. do Claustro dos Corvos;
transformação em cozinha do longo corredor de passagem do 1º andar da ala S. do claustro dos Corvos, com porta para o corredor do Noviciado, para onde davam todas as salas;
ao nível térreo foram colocadas portas com as armas Costa Cabral gravadas sobre vidro fosco, na passagem para a cozinha velha do convento;
1897 - a sala da antiga livraria dos frades foi dividida em vários quartos pelo 3º conde de Tomar;
1900 / 1912 - Limpeza e restauro nos Paços da Rainha, Claustros da Lavagem e Micha, Capela de São Jorge, ornatos do Coro.
- 3º Conde de Tomar:
1917 - construção de um lagar num dos recantos do "choco", junto à fonte dos anjos;
DGEA: 1926 /1929 - Reforço da torre sineira da Charola, com betão armado, reconstrução do seu interior, reparação do telhado;
restauros das casas do Dom Prior;
reparações no pátio dos Carrascos;
reparações diversas no claustro de D. João III;
demolições diversas frente ao portal da igreja;
DGEMN: 1933 - Obras de ajardinamento na entrada para o Convento:
construção de muros e canteiros;
colocação de alegretes, vasos e bancos;
1934 - Reparação e reconstrução dos muros da cerca do Convento;
1933 / 1945 - Reforço dos suportes das galerias do Claustro da Hospedaria e das paredes da Casa do Capítulo com desentaipamento da janela S.;
restauro dos Claustros de D. João III (limpeza dos paramentos e refechamento de juntas, restauro das molduras e ornatos em cantaria, reparação do 2º pavimento e colocação de gárgulas, abertura de um arco, desentaipamento de vãos, reconstituição de parte do corrimão das escadas em caracol);
e, de Santa Bárbara, Sala dos Cavaleiros (reparação do pavimento), casas do Dom Prior, Sala da Hospedaria, fachada dos Paços, Porta do Sol;
conservação das salas viradas ao Claustro dos Corvos;
telhado da igreja;
Obras no aqueduto do convento:
reparação e cobertura do canal até à primeira nascente; demolição de casas em ruínas no pátio dos Carrascos;
projecto para a reinstalação eléctrica do Seminário das Missões;
remodelação das instalações sanitárias;
restauro de duas janelas geminadas na sala do Capítulo;
1945 / 1960 - Construção de muro de vedação e duas portas de cantaria junto ao castelo;
Claustro da Lavagem:
construção 2º piso, substituição do pavimento em tijoleira, reboco das paredes do 1º piso e assentamento de silhares de azulejos, novo capeamento de cantaria, assentamento de portas, assentamento de bancos de cantaria na passagem do claustro para o castelo, recuperação da cobertura da ala norte com aplicação de telha românica e de canudo.
Claustro da Hospedaria: aplicação de cintas de betão na ala S., limpeza de ervas e reparação da cobertura com a colocação de um novo vigamento em pinho e forro de madeira em casquinha, substituição do telhado incluindo caleira e telha romana;
reparação da fachada E., construção de 4 gárgulas e seu assentamento, restauro de uma janela que dá para o telhado, incluindo caixilho pintado, picar, rebocar e caiar paredes interiores e exteriores, reconstrução do pavimento de lajedo, substituição da canalização, assentamento de 2 portas;
Capela do Cruzeiro:
reconstrução do telhado com substituição de telhas, ripas e barrotes;
assentamento de uma mísula em cantaria, consolidação de artesões nas abóbadas;
Capela dos Portocarreiros: reparações nas fachadas O. e S. da nave, colocação de azulejo decorativo no frontal do altar, igual ao existente, colocação no altar de duas colunas de cantaria trabalhadas, pintura a óleo do portão de ferro.
Sala dos Reis: reconstrução do pavimento em tijoleira, substituição da cobertura, picagem, reboco e pinturas das paredes;
reparação da sala do Noviciado;
demolição da plataforma onde assentava o altar-mor da Charola, reparação de ornatos nas janelas do Coro e Sala do Capítulo;
reparação e pintura nova em caixilharias e portas na igreja;
reassentamento do pavimento de lajedo na igreja;
consolidação da pia baptismal;
fornecimento e assentamento de vitral em caixilho de chumbo na charola, janelas no coro, rosácea e janela do cruzeiro;
assentamento de um altar de cantaria, incluindo supedâneo, em substituição do existente na igreja;
pintura dos cabeçotes dos sinos;
construção de cortina de cantaria na escada da sala do capítulo e reparação e pintura de portas e janelas;
restauro das cantarias do gigante do ângulo norte da sala do capítulo.
Claustro de D. João III: substituição dos pavimentos em tijoleira no 1º e 2º pisos, consolidação de uma das abóbadas, picagem, reboco e pintura das paredes, vedação das juntas dos terraços, impermeabilização de uma parede.
Claustro da Micha: levantamento e assentamento de telhados e reconstrução com substituição da telha dos canais, reparação do madeiramento, limpeza e pintura das portas, picagem, reboco e pintura das paredes, consolidação dos artesões das abóbadas, assentamento de duas colunas de cantaria, substituição da tubagem que conduz a água ao seminário.
Claustro do Cemitério: limpeza de telhados;
refechamento de juntas, picagem, reboco e pinturas das paredes, assentamento de azulejos artísticos, assentamento de lajedo, restauro e pintura das portas.
Claustro dos Corvos: na passagem do claustro para a escada foram picadas e rebocadas as paredes, substituição de degraus em cantaria no acesso ao refeitório;
instalação eléctrica (1ª. fase);
limpezas das ervas existentes nos muros do convento;
renovação de canalizações e instalações sanitárias.
Claustro de Santa Bárbara: substituição do pavimento em tijoleira, restauro e assentamento de caixilhos de madeira e uma porta, restauro de escadas, picagem, reboco e pintura das paredes, substituição da cobertura colocando novos madeiramentos e telhas.
Sala dos Cavaleiros: reparação do telhado e assentamento de algerozes em zinco;
reparação da boca da cisterna;
reparação do tanque do jardim;
construção do muro de suporte (1ª fase), da plataforma frente ao castelo, para parque automóvel, no sítio denominado Cerrado dos Cães, construção de instalações sanitárias no parque (1ª. fase).
SFOE: Instalações do Hospital Militar:
1950 - reparação geral dos telhados.
1955 - substituição da instalação eléctrica.
1956 - reparação e melhoramentos das instalações sanitárias dos oficiais e sargentos.
DGEMN: 1961 / 1965 -
Claustro da Micha: restauro e recuperação dos pavimentos, restauro de cantarias em abóbadas, com substituição e consolidação de artesões, pavimentação em calçada no troço de ligação do claustro com a cozinha, restauro da clarabóia, colocação de uma porta nova em madeira exótica, na entrada principal, demolição de uma escada existente no claustro, rebaixamento do pavimento na varanda do lado nascente para utilização das gárgulas.
Claustro dos Corvos: recuperação dos pavimentos, com refechamento de juntas no lajedo e limpeza de ervas, restauro dos tectos e paramentos, assentamento do pavimento na zona da cisterna e colocação de tampos, tapamento de vãos de janelas e frestas, colocação de gárgulas em cantaria, assentes nos algerozes, colocação de cachorros em cantaria nas janelas a N., arranjo da platibanda, substituição de caixilharia e assentamento de uma porta em madeira;
restauros diversos na sala de aulas, hospedaria e enfermarias;
desentulhamento das caves sob o Refeitório;
construção e assentamento de mesas e bancos de pedra no refeitório dos frades;
cinta de betão nos contrafortes da Charola;
reparações e impermeabilização no terraço sobre a porta antiga da charola;
obras diversas no adro, frente à igreja;
picar paredes e rebocar na sala de passagem e corredor do confessionário, incluindo a abóbada e assentamento de silhares de azulejos;
obras diversas de restauro e conservação nos anexos do claustro da Hospedaria, outrora ocupados pela GNR (assentamento de portas, restauro e construção de tectos, construção de pavimentos em tijoleiras);
reparação do telhado na dependência junto ao corredor do noviciado;
reparação e renovação das instalações sanitárias no convento;
substituição da instalação eléctrica do refeitório, cozinha e anexos;
Reparações diversas: reparação de paredes e caiações no corredor do noviciado;
limpeza e pintura da porta principal da igreja;
reparação e pintura de tectos;
substituição do pavimento em tijoleira na sala das cortes;
colocação de portas no corredor do cruzeiro, de acesso ao coro;
reparações diversas nas salas dos Reis;
reconstrução dos paramentos no Claustro da Lavagem;
obras de conservação no antigo Cartório dos Frades.
Hospital Militar: reparação das coberturas com substituição do ripado, algumas peças de forro e colocação de telhas novas;
recuperação do telhado da sala dos Cavaleiros com substituição de algerozes e caleiras;
1965 / 1970 - demolição de um muro adossado à muralha do lado sul da porta de acesso ao jardim;
substituição do pavimento e telhado da Sala dos Reis e restauro da pintura dos tectos;
sala de aulas e 2º piso do Claustro de D. João III;
sondagens no mesmo e nas paredes S. e O. do Coro (picar paramentos, limpar cantarias, refechar juntas);
restauro da fachada S. e elementos decorativos da Charola (arranjo de 12 baldaquinos, restauro da talha, limpeza de paredes, marmorear degraus dos altares, consolidação de um altar em talha, restauro de pinturas das banquetas dos altares);
reparação do telhado da igreja com substituição de telhas partidas, limpeza de ervas, de algerozes e gárgulas.
Claustro dos Corvos - regularização da cortina de alvenaria que protege a passagem sob as arcadas e na entrada para a cozinha, escavações e sondagens para a procura do primitivo pavimento, construção de nova caixilharia, protecção da boca da cisterna;
limpeza do telhado e assentamento de azulejos com argamassa nova no Claustro do Cemitério;
pintura do tecto e assentamento de azulejos com argamassas novas no Claustro da Lavagem;
demolição e reconstrução da varanda da antiga enfermaria do convento;
arranjo urbanístico do terreiro de Cerrado dos Cães;
instalação eléctrica na igreja e anexos;
obras de conservação e restauro de coberturas na zona da sala dos Cavaleiros;
restauro da fachada O. e conservações diversas (escavações, demolições, picagem, refechamento de juntas; substituição de caixilharias);
instalação eléctrica - iluminação da sala do Capítulo e claustro de D. João III;
obras de restauro e conservação na zona do seminário e paços do Infante (recuperação de diversas dependências situadas no 1º piso do lado S., escavações junto à fachada sul até deixar a descoberto as soleiras das portas e arcos;
sondagens diversas;
SFOE: Hospital Militar: 1969 - reparação do telhado e exteriores;
DGEMN: 1971 / 1980 - Limpeza das fachadas E. e N. do convento;
restauros no Claustro da Micha, Hospedaria, Santa Bárbara e Lavagem (conservação de telhados, pavimentos e tectos, substituição de caixilharia, substituição de portas);
substituição da porta na torre da sala da Rainha;
construção de socalcos e muros de suporte nos jardins e pomar;
obras de consolidação no interior da Charola (substituição do estrado do pavimento no lado E., reparação e colocação de peças em talha);
consolidação da grade do coro, reparação dos balaústres em pedra;
conservação diversa entre a torre de Menagem do castelo e a entrada do Hospital Militar;
reparação da cobertura na zona do museu das Missões, junto ao Hospital Militar;
consolidação do campanário junto à sineira;
reparação de instalações sanitárias;
colocação de 2 grades de ferro nas janelas da Sala do Capítulo.
SFOM: Hospital Militar: 1970 - remodelação total da cobertura com substituição da estrutura de suporte em betão pré-esforçado;
1974 - Sala dos Cavaleiros é transformada em sala de convívio para os doentes;
1975 - construção de um guarda-vento na Sala dos Cavaleiros;
1983 - remodelação dos sanitários na zona das consultas externas;
construção de bar e sala de praças.
DGEMN: 1981 / 1990 - Limpeza de paramentos exteriores da Charola, beneficiação da cobertura e substituição de alguns cachorros junto ao terraço;
construção de estrutura pré-esforçada para assentamento do telhado da nave da Igreja;
telhado na ala O. do Claustro dos Corvos;
reparação de coberturas e fachada das casas de Dom Prior e no Claustro da Lavagem;
reparação da cobertura do cruzeiro;
obras no refeitório, cozinha e quartos;
beneficiação na zona do Hospital - execução de pavimentos em calçada à portuguesa, arranjo do jardim do hospital;
construção de sanitários públicos.
1988 - início do restauro da pintura mural da Charola;
1995 / 1998: IPPAR / Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra - Intervenção nos estuques da Charola, com limpeza, consolidação, reprodução e feitura dos elementos em falta;
reintegração cromática.
IPPAR: 1995 / 2000 - Obras de beneficiação, reabilitação e restauro do imóvel:
beneficiação do Claustro dos Corvos, impermeabilização dos terraços, reparação de coberturas e do muro do laranjal, contenção de taludes, desenhos e levantamentos arquitectónicos das casas dos serviçais do conde e de infra-estruturas de água e esgotos;
estudos das patologias das pedras da charola e da sacristia nova;
escavações nos Paços do Infante;
recuperação das pinturas da abóbada da Charola: fixação da camada pictórica, limpeza, aplicação de massas nas fissuras e fendas de maior expressão, reintegração cromática;
conservação e restauro de todos os vitrais novecentistas da charola;
tratamento do suporte e da policromia das mísulas e baldaquinos em talha dourada, onde assentam as esculturas que se distribuem pela parte inferior do tambor interior e exterior da charola.
2000 / 2006 - restauro dos elementos decorativos da charola: talha dourada, pintura mural decorativa e historiada, estuques, pintura sobre tábua, renovação da instalação eléctrica (em curso).
Observações
*1: Embebidos na talha, existem 12 reservas (8 na abóbada e 4 nas ilhargas) para pinturas em tela já desaparecidas;
*2: "Martírio de S. Sebastião". Atribuído a Gregório Lopes, faz parte da exposição permanente do MNAA.
*3: Esta capela gótica possuía, no altar, um quadro conhecido como "Nossa Senhora dos Anjos", hoje no MNAA;
*4: De acordo com uma descrição datada de 1571 (Ordem de Cristo, Livro 232, fl.5), antes do coro manuelino existiu um outro mandado fazer pelo Infante D. Henrique "no arco em que ora estaa, com que tomou dous panos dos dezaseis aos defronte dos arcos da capeila [mor]". Foi feito "debaixo do dito arco, no maciço da parede [à] altura de uma braça do andar do convento, ao qual [se] acrescentou huma pequena sacada sobre a mata e outra sobre a egreja com hum peitoril (...). A serventia deste coro fez[-se] no outro pano pegado da banda do norte [com] escada pello grosso da parede".
*5: Visíveis na portada iluminada do Livro 4º da Extremadura da Leitura Nova e numa inicial iluminada do livro 232 da Ordem de Cristo. Fr. Jeronimo Roman (1591) descreve o desaparecido corpo superior da Charola como um "cimborio" que os monges do Convento chamavam de "charolinha". Esta designação, a par da indicação de que era "armada sobre 28 pilares", pressupõe a existência de uma circulação anelar réplica da Charola, mas em escala reduzida.
*6: "O Coro (antigo Cadeiral) é fabrica admiravel, naõ tem igual neste Reyno, e por ventura, nem em toda a Espanha. He obra de talha (...) em que se vem os antigos freires com habito clerical com barretes na cabeça e cruzes de Christo no peito e muitas figuras em nichos, humas de relevo, e outras de meyo relevo. Vemse tabem laçarias, folhagens, e brutescos, (...) tudo primores da arte, em que se esmeraram os engenhos da superior Alemanha e ate às cousas mínimas com tanta propriedade esculpedas que parece desafiar a natureza" - Fr. Jacinto de S. Miguel, c.1700, (Códice 8842, fl. 197).
*7: A descrição da Sacristia nova (Filipina) por Fr. Jacinto de S. Miguel refere que, nesta, existia um santuário de relíquias com um relicário de ouro oferecido por D. Manuel "obrado pellos grandes engenhos da Índia" e um "habito de Christo em ouro esmaltado", oferecido por Filipe II, avaliado em 14.000 cruzados - a conhecida cruz de Cristo que faz hoje parte do Tesouro da Sé de Lisboa.
*8: V. Claustro da Sé de Lisboa, São Francisco de Santarém e São Domingos de Guimarães. Na torre, à direita do antigo portal (S.), encontra-se uma placa undecentista que o Infante D. Henrique mandou trazer do Castelo de Pombal.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Castelo Templário e Convento de Cristo: Construção e Tipologia
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