quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Thomar

Pátria até que os meus pés
Se magoem no chão.
Até que o coração
Bata descompassado.
Até que eu não entenda
A voz livre do vento
E o silêncio tolhido
Das penedias.
Até que a minha sede
Não reconheça as fontes.
Até que seja outro
E para outros
O aceno ancestral dos horizontes.


- Miguel Torga, Limite

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