ERA DE 1209 (1171 D.C.). O MESTRE GUALDIM, CERTAMENTE DE NOBRE GERAÇÃO, NATURAL DE BRAGA, EXISTIU NO TEMPO DE AFFONSO, ILLUSTRISSIMO REI DE PORTUGAL. ABANDONANDO A MILICIA SECULAR, EM BREVE SE ELEVOU COMO UM ASTRO, PORQUANTO, SOLDADO DO TEMPLO, DIRIGIU-SE A JERUSALEM, ONDE DURANTE CINCO ANNOS LEVOU VIDA TRABALHOSA. COM SEU MESTRE E SEUS IRMÃOS, ENTROU EM MUITAS BATALHAS, MOVENDO-SE CONTRA O REI DO EGYPTO E DA SYRIA. COMO FOSSE TOMADA ASCALONA, PARTINDO LOGO PARA ANTIOCHIA PELEJOU MUITAS VEZES PELA RENDIÇÃO DE SIDON. CINCO ANNOS PASSADOS, VOLTOU, ENTÃO, PARA O REI QUE O CREÁRA E O FIZERA CAVALLEIRO. FEITO PROCURADOR DA CASA DO TEMPLO EM PORTUGAL, FUNDOU, N'ESTE, O CASTELLO DE POMBAL, THOMAR, ZEZERE E ESTE QUE É CHAMADO ALMORIOL, E IDANHA E MONSANTO.
E. M+CLX.VIIII: REGNANTE: ALPHONSO ILLUSTRISSIMO REGE PORTUGALIS: MAGISTER GUALDINUS: PORTUGALENSIUM MILITUM TEMPLI: CUM FRATIBUS SUIS PRIMO DIE MARCII: CEPIT: EDIFICARE HOC CASTELLUM: NOMINE THOMAR: QUOD PREFATUS REX OBTULIT DEO: ET MILITIBUS TEMPLI.
NO PRIMEIRO DIA DE MARÇO DO ANO DE 1168, REINANDO AFONSO, ILUSTRÍSSIMO REI DE PORTUGAL, GUALDIM, MESTRE DOS CAVALEIROS DO TEMPLO EM PORTUGAL, COMEÇOU, JUNTAMENTE COM OS SEUS FREIRES, A EDIFICAR ESTE CASTELO, CUJO NOME É TOMAR, O QUAL, ESTANDO ACABADO, EL-REI OFERECEU A DEUS E AOS CAVALEIROS DO TEMPLO
ERA MCCXXVIII: III NONAS JULII VENIT REX MARROQUIS DUCENS CCCC MILIA EQUITUM ET QUINGENTA MILIA PEDITUM: ET OBSEDIT CASTRUM ISTUD PER SEX DIES: ET DELEVIT QUANTUM EXTRA MURUM INVENIT CASTELLUM: ET PREFATUS MAGISTER CUM FRATIBUS SUIS LIBERAVIT DEUS DE MANIBUS SUIS: IPSE REX REMEAVIT IN PATRIA SUA CUM INNUMERABILI DETRIMENTO HOMINUM ET BESTIARUM.
NA ERA DE 1228 (ANO 1190 D.C.) AOS CINCO DE JULHO, VEIO O REI DE MARROCOS, TRAZENDO QUATROCENTOS MIL HOMENS A CAVALO, E CINQUENTA MIL A PÉ, MONTAR CERCO A ESTE CASTELO DURANTE SEIS DIAS, DESTRUINDO TUDO QUANTO ACHARAM FORA DOS MUROS DO CASTELO: E AO SOBREDITO MESTRE (D. GUALDIM PAIS) COM OS SEUS FREIRES, LIVROU DEUS DE CAIR NAS SUAS MÃOS, E O MESMO REI VOLTOU PARA A SUA PÁTRIA, COM EXTRAORDINÁRIO PREJUÍZO DE HOMENS E CAVALOS.
Descemos a colina. Tu levas um ramo de
oliveira na mão. Sobre as estrelas do teu
sorriso, a roupa branca. Sobre o cruto da
montanha a morada dos deuses.
Além, a casa lacustre. Sobre uma estaca,
O nosso Gato . Castanheiros pesam
O tempo. Tempo primordial, que este
livro desperta em nós.
Na areia dos mapas escreves o teu nome.
Os ventos do norte chegam e levam-no
Pelos quatro cantos da terra: Palavra
Indecifrável, silenciosa como a eternidade.
Porém quem colocar o ouvido sobre o peito
de Geia, quem se libertar da sua própria voz ,
poderá ouvi-la ecoar no fundo dos precipícios,
Clara e profunda como a lua cheia....
2 comentários:
de quem é o poema?
De Luís Costa
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