Enquadramento
Rural, isolado, no topo de uma elevação, com cerca de 250 m de altitude, coberta de vegetação, bem destacada na paisagem, em cujo sopé se desenvolve, dispersamente a povoação de Arnóia, parcialmente abandonada, antiga sede do concelho. Na encosta N. encontra-se a antiga forca, entre mata de pinheiros e carvalhos.
Descrição
Cerca de planta poligonal irregular, com torre de menagem quadrangular, inserida interiormente a S. e reforçada a N. por cubelo.
Cobertura em telhado de quatro águas na torre.
Panos murários em cantaria de granito.
Cerca com caminho de ronda, rasgada a S., por portal de verga recta, precedido por escadaria. Acesso ao caminho de ronda, a S. e a E., por escadarias de lanço recto. Torre de menagem rematada por merlões, aberta a S., por portal de verga recta, a cerca de 3 m de altura, com tímpano inscrito no pano murário, e acesso por escadaria, com lanço recto.
Registos superiores rasgados por seteira, em cada uma das fachadas. No centro do pátio encontra-se uma cisterna.
INTERIOR da torre com paredes em cantaria de granito, com três pisos, o primeiro em cave, com acesso por escadaria de madeira.
Pavimento em soalho, com coberturas efectudas pelo pavimento de cada piso.
Época Construção
Séc. XI / XIII (conjectural) / XX
Cronologia
1034 - Data da sepultura existente no claustro do Mosteiro de São Bento de Arnóia, referente a Múnio Muniz, alcaide do castelo, e provável fundador do mosteiro beneditino, segundo alguns autores;
1064 - documento referindo-o como "castellum Celoricu";
1110 - Mendo Viegas de Sousa era tenente das Terras de Basto *1;
1132 - D. Gueda Mendes, da família dos Guedões, era tenente das Terras de Basto;
1258 - as Inquirições referem-se a certos casais das freguesias de Arnóia, Caçarilhe e Carvalho que tinham a obrigação de alimentar os cães do castelo e de preparar cal para a sua reparação;
1281 - era alcaide Martim Vasques da Cunha que tomou o partido do infante D. Afonso contra o rei D. Dinis;
1282 - D. Dinis arrendou as terras de Celorico de Basto a Martim Joanes por 210 morabitinos com a obrigação de contratar um cavaleiro que desempenhasse as funções de alcaide, sendo escolhido Pero Mendes, da Casa de Barcelos, natural de Muxões;
1284 - D. Dinis arrenda a terra e o castelo aos homens moradores de Celorico de Basto;
1402 - D. João I doa a terra e o castelo de Celorico de Basto a Gil Vasques da Cunha;
1520, 29 Março - Celorico de Basto recebe foral, dado pelo rei D. Manuel, localizando-se a sede do concelho em Arnóia, no lugar do Castelo;
Séc. XVII - no reinado de Filipe II a alcaidaria pertencia à família dos Castros;
1719, 21 Abril - devido ao grande isolamento da povoação de Arnóia, até então sede do concelho, D. João V determina a mudança desta última para Britelo, no lugar do Freixieiro, ficando esta conhecida como Vila Nova do Freixieiro, hoje Celorico de Basto; a partir desta data dá-se início ao progressivo abandono do centro de Arnóia;
1726 - o castelo é descrito como estando em ruínas e entra-se pela parte N. da barbacã, já arruinada (CRAESBEECK, 1726);
1732 - documento referindo a ruína do castelo, estando no alto do monte da antiga vila e tendo uma torre ameada;
1758 - as Memórias Paroquiais referem o estado de ruína do castelo;
1925 - o castelo apresentava um elevado estado de degradação, com a torre de menagem fendida e as muralhas bastante degradadas;
1935 - são encontradas moedas romanas que estavam enterradas no castelo;
1961 - início das obras de restauro do castelo solicitadas pela Câmara Municipal de Celorico e pela Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão.
Tipologia
Arquitectura militar românica.
Castelo roqueiro com cerca de planta poligonal irregular, reforçada por cubelo e torre de menagem quadrangular, inserida interiormente.
Pátio com cisterna.
Características Particulares
Foi um importante castelo, cabeça das Terras de Basto, devendo a sua localização e importância relacionar-se com o Mosteiro de Arnóia.
Observações
*1 - As Terras de Basto eram formadas pelos actuais concelhos de Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto.
Rural, isolado, no topo de uma elevação, com cerca de 250 m de altitude, coberta de vegetação, bem destacada na paisagem, em cujo sopé se desenvolve, dispersamente a povoação de Arnóia, parcialmente abandonada, antiga sede do concelho. Na encosta N. encontra-se a antiga forca, entre mata de pinheiros e carvalhos.
Descrição
Cerca de planta poligonal irregular, com torre de menagem quadrangular, inserida interiormente a S. e reforçada a N. por cubelo.
Cobertura em telhado de quatro águas na torre.
Panos murários em cantaria de granito.
Cerca com caminho de ronda, rasgada a S., por portal de verga recta, precedido por escadaria. Acesso ao caminho de ronda, a S. e a E., por escadarias de lanço recto. Torre de menagem rematada por merlões, aberta a S., por portal de verga recta, a cerca de 3 m de altura, com tímpano inscrito no pano murário, e acesso por escadaria, com lanço recto.
Registos superiores rasgados por seteira, em cada uma das fachadas. No centro do pátio encontra-se uma cisterna.
INTERIOR da torre com paredes em cantaria de granito, com três pisos, o primeiro em cave, com acesso por escadaria de madeira.
Pavimento em soalho, com coberturas efectudas pelo pavimento de cada piso.
Época Construção
Séc. XI / XIII (conjectural) / XX
Cronologia
1034 - Data da sepultura existente no claustro do Mosteiro de São Bento de Arnóia, referente a Múnio Muniz, alcaide do castelo, e provável fundador do mosteiro beneditino, segundo alguns autores;
1064 - documento referindo-o como "castellum Celoricu";
1110 - Mendo Viegas de Sousa era tenente das Terras de Basto *1;
1132 - D. Gueda Mendes, da família dos Guedões, era tenente das Terras de Basto;
1258 - as Inquirições referem-se a certos casais das freguesias de Arnóia, Caçarilhe e Carvalho que tinham a obrigação de alimentar os cães do castelo e de preparar cal para a sua reparação;
1281 - era alcaide Martim Vasques da Cunha que tomou o partido do infante D. Afonso contra o rei D. Dinis;
1282 - D. Dinis arrendou as terras de Celorico de Basto a Martim Joanes por 210 morabitinos com a obrigação de contratar um cavaleiro que desempenhasse as funções de alcaide, sendo escolhido Pero Mendes, da Casa de Barcelos, natural de Muxões;
1284 - D. Dinis arrenda a terra e o castelo aos homens moradores de Celorico de Basto;
1402 - D. João I doa a terra e o castelo de Celorico de Basto a Gil Vasques da Cunha;
1520, 29 Março - Celorico de Basto recebe foral, dado pelo rei D. Manuel, localizando-se a sede do concelho em Arnóia, no lugar do Castelo;
Séc. XVII - no reinado de Filipe II a alcaidaria pertencia à família dos Castros;
1719, 21 Abril - devido ao grande isolamento da povoação de Arnóia, até então sede do concelho, D. João V determina a mudança desta última para Britelo, no lugar do Freixieiro, ficando esta conhecida como Vila Nova do Freixieiro, hoje Celorico de Basto; a partir desta data dá-se início ao progressivo abandono do centro de Arnóia;
1726 - o castelo é descrito como estando em ruínas e entra-se pela parte N. da barbacã, já arruinada (CRAESBEECK, 1726);
1732 - documento referindo a ruína do castelo, estando no alto do monte da antiga vila e tendo uma torre ameada;
1758 - as Memórias Paroquiais referem o estado de ruína do castelo;
1925 - o castelo apresentava um elevado estado de degradação, com a torre de menagem fendida e as muralhas bastante degradadas;
1935 - são encontradas moedas romanas que estavam enterradas no castelo;
1961 - início das obras de restauro do castelo solicitadas pela Câmara Municipal de Celorico e pela Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão.
Tipologia
Arquitectura militar românica.
Castelo roqueiro com cerca de planta poligonal irregular, reforçada por cubelo e torre de menagem quadrangular, inserida interiormente.
Pátio com cisterna.
Características Particulares
Foi um importante castelo, cabeça das Terras de Basto, devendo a sua localização e importância relacionar-se com o Mosteiro de Arnóia.
Observações
*1 - As Terras de Basto eram formadas pelos actuais concelhos de Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto.
(fonte: IHRU)
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