Castelo Rodrigo
Arquitectura religiosa, trecentista, maneirista e barroca. Igreja medieval de fundação românica e edificação durante o gótico inicial, conservando vestígios de várias campanhas de renovação, nomeadamente renascentistas, classicistas e chãs, que não alteraram a tipologia inicial de planimetria longitudinal de nave única, com seis tramos separados por arcos diafragma quebrados, semelhantes às Matrizes de Escarigo, Mata Lobos, Vermiosa, Vilar Formoso e Vilar Torpim. Contrafortes exteriores, semelhantes aos das Matrizes de Mata Lobos, Malpartida e Vilar Formoso. Capela-mor com cobertura autónoma e iluminada por janelas em capialço. Capelas adossadas ao alçado lateral direito. Retábulos de pedra e madeira, de estrutura maneirista, com nichos centrais, tabela e aletas, situados ao longo da nave. Retábulo principal e capela com decoração rococó, à base de volutas, acantos e concheados. Retábulo com nicho central, mísulas laterais, separados por colunas com fustes decorados com concheados e acantos. Remate com grande profusão decorativa, bem como nos apainelados do banco. Cobertura da capela-mor em caixotôes, com decoração hagiográfica. A nave é coberta com vigamento de madeira. Púlpito renascença sextavado com guarda de cantaria e assente sobre coluna, igual ao da Matriz de Vermiosa. Campanário com duas sineiras adossado ao alçado lateral direito e com acesso pelo interior do imóvel.
Descrição
Igreja de planta longitudinal, simples, composta por nave única prolongada pela capela-mor mais alta e estreita e capelas laterais inscritas do lado da Epístola, formando um conjunto de volumes escalonados que recebem coberturas individualizadas, sendo a do corpo em telhado de duas águas e a da capela-mor em quatro. A capela-mor encontra-se implantada sobre embasamento proeminente, acompanhando o desnível de cota do terreno. Torre campanário na fachada principal, adossada ao lado SO., de planta quadrangular e alçado de três andares divididos por cornija saliente. O primeiro registo está embebido no embasamento e não tem expressão na fachada principal; o segundo registo é também cego e o terceiro é aberto em quatro edículas sineiras. Os ângulos são coroados por pináculos.
Arquitectura religiosa, trecentista, maneirista e barroca. Igreja medieval de fundação românica e edificação durante o gótico inicial, conservando vestígios de várias campanhas de renovação, nomeadamente renascentistas, classicistas e chãs, que não alteraram a tipologia inicial de planimetria longitudinal de nave única, com seis tramos separados por arcos diafragma quebrados, semelhantes às Matrizes de Escarigo, Mata Lobos, Vermiosa, Vilar Formoso e Vilar Torpim. Contrafortes exteriores, semelhantes aos das Matrizes de Mata Lobos, Malpartida e Vilar Formoso. Capela-mor com cobertura autónoma e iluminada por janelas em capialço. Capelas adossadas ao alçado lateral direito. Retábulos de pedra e madeira, de estrutura maneirista, com nichos centrais, tabela e aletas, situados ao longo da nave. Retábulo principal e capela com decoração rococó, à base de volutas, acantos e concheados. Retábulo com nicho central, mísulas laterais, separados por colunas com fustes decorados com concheados e acantos. Remate com grande profusão decorativa, bem como nos apainelados do banco. Cobertura da capela-mor em caixotôes, com decoração hagiográfica. A nave é coberta com vigamento de madeira. Púlpito renascença sextavado com guarda de cantaria e assente sobre coluna, igual ao da Matriz de Vermiosa. Campanário com duas sineiras adossado ao alçado lateral direito e com acesso pelo interior do imóvel.
Descrição
Igreja de planta longitudinal, simples, composta por nave única prolongada pela capela-mor mais alta e estreita e capelas laterais inscritas do lado da Epístola, formando um conjunto de volumes escalonados que recebem coberturas individualizadas, sendo a do corpo em telhado de duas águas e a da capela-mor em quatro. A capela-mor encontra-se implantada sobre embasamento proeminente, acompanhando o desnível de cota do terreno. Torre campanário na fachada principal, adossada ao lado SO., de planta quadrangular e alçado de três andares divididos por cornija saliente. O primeiro registo está embebido no embasamento e não tem expressão na fachada principal; o segundo registo é também cego e o terceiro é aberto em quatro edículas sineiras. Os ângulos são coroados por pináculos.
Fachada principal voltada a NO. com remate em empena, de um só pano, sem eixo marcado, rasgada por portal de lintel recto do lado esquerdo e por janela rectangular moldurada um pouco desviada da cúspide que é coroada por cruz latina colocada sobre plinto.
Fachada lateral SO. fortemente marcada pela mole do campanário, apresenta pano mais recuado com contraforte de esbarro escalonado no meio e acesso com embasamento e escada sem guardas à entrada lateral por porta de lintel recto. Segue-se um corpo edificado em cantaria de granito, com alçado de dois pisos, cego no primeiro andar e com o segundo andar rasgado por três vãos de verga recta, apresentando-se o centro com cornija ligeiramente encurvada e alteada.
Na zona da capela-mor, rasga-se uma janela rectangular em capialço. Fachada tardoz cega. A fachada lateral NE. é igualmente cega e apresenta alguns cachorros zoomórficos sob a cornija. Pequeno contraforte marca a zona da nave.
O INTERIOR é desnivelado, com acesso por degraus, com a nave dividida em seis tramos separados por arcos diafragma ogivais, com forros de madeira individualizados. Do lado do Evangelho, inscreve-se uma sequência de altares entre os arcos. Um deles possui painéis pintados e nicho central que alberga uma imagem de roca e de vestir contra um fundo estrelado. Dividido por quarteirôes e enquadrado por colunas coríntias, com o fuste exterior com pontas de diamante, encimado por pináculos. Superiormente, tabela pintada, ladeada por aletas e coberta por frontão triangular.
Altar de cantaria aparelhada. Segue-se um retábulo de pedra inscrito por pilastras, coroado por aletas e pináculos, com duas imagens contemporâneas nas aberturas rectangulares laterais e uma imagem de Santa não identificada, de roca e de vestir, albergada por enquadramento de talha dourada formando duas colunas pseudo-salomónicas, que se prolongam em arquivoltas unidas no sentido do raio. Frontal decorado com acantos. Nicho em arco de volta perfeita com o paramento liso e uma base de colunelo de dois balaústres a meio, hoje ocupado por imagem de Nossa Senhora de Fátima. Retábulo enquadrado por pilastras, entablamento, cornija e arco abatido sobre o nicho com painel pintado e banqueta de altar em pedra, enquadradas por colunas espiraladas, prolongadas em arquivolta abatida. Frontal com relevos decorativos, formando concheados e motivos fitomórficos. No lado da Epístola, duas capelas de plantas quadrangular e rectangular, esta com cobertura em abóbada de aresta, pintada com motivos fitomórficos e concheados. Escadas de acesso à sineira, junto a um nicho de perfil curvo, em granito, uma porta de lintel recto flanqueada por capela rectangular escavada no paramento e revestida com cantaria, onde se conserva o Senhor dos Passos. Retábulo de talha dourada e policromada em arco apontado, com mísula central enquadrada por pilastras, que se prolongam em arquivoltas, unidas no sentido do raio.
Capela baptismal com arco de volta perfeito, onde se conserva a pia baptismal com taça hemisférica. Púlpito sextavado com guarda de pedra e sobre coluna. Sacristia de planta rectangular. A capela-mor está separada da nave por arco triunfal em volta perfeita e tem a testeira preenchida por retábulo de talha e recebe iluminação do vão rasgado do lado da Epístola. A cobertura é em tectos de vinte caixotôes pintados sobre madeira de castanho, representando figuras de Santos a meio-corpo *1, à excepção da fiada transversal, que é intersectada pelo retábulo, apresentando composição de motivos vegetalistas e concheados. Rectícula ornamentada com motivo em forma de espirais ligadas, motivo dourado e branco, apresentando florais dourados nas intersecçôes. Remate em cornija marmoreada em tons de azul com pintura a imitar triglifos e com mísulas em forma de folhas de acanto nos eixos da rectícula. Retábulo de três eixos, o central com tribuna e trono, tendo no fundo um resplendor. Lateralmente, duas mísulas, enquadradas por colunas de fuste decorado com motivos fitomórficos e concheados, sobrepujadas por enrolamentos. Ático forma frontão interrompido com profusão decorativa de acantos e concheados. Sobre a banqueta, sacrário. Inferiormente, elementos apainelados com decoração fitomórfica. Pintado de azul, vermelho e com marmoreados, tendo os pormenores decorativos a dourado. Lado do Evangelho com pintura mural, representando a Última Ceia.
Enquadramento
Urbano, isolado, destaca-se no largo a que deu o topónimo, situado a meia encosta e confinante com o Pelourinho, espaço caracterizado por construçôes rústicas de dois pisos, e com a rua que termina no Lg. de São João, onde se levanta o Marco Comemorativo dos Centenários. A fachada principal abre-se para o adro que acompanha o desnível do terreno, pavimentado com lajes de granito e murado por guardas baixas que o protegem.
Época Construção
Séc. XIII (conjectural) / XVI / XVII / XVIII
Cronologia
Séc. XIII - fundação da igreja, dedicada a Nossa Senhora do Rocamador ou Reclamador, na linguagem popular, pela Confraria dos Frades de Nossa Senhora de Rocamadour, congregação vocacionada para fins humanitários, nomeadamente para o apoio aos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela e que se estabeleceu em Portugal em 1192;
Enquadramento
Urbano, isolado, destaca-se no largo a que deu o topónimo, situado a meia encosta e confinante com o Pelourinho, espaço caracterizado por construçôes rústicas de dois pisos, e com a rua que termina no Lg. de São João, onde se levanta o Marco Comemorativo dos Centenários. A fachada principal abre-se para o adro que acompanha o desnível do terreno, pavimentado com lajes de granito e murado por guardas baixas que o protegem.
Época Construção
Séc. XIII (conjectural) / XVI / XVII / XVIII
Cronologia
Séc. XIII - fundação da igreja, dedicada a Nossa Senhora do Rocamador ou Reclamador, na linguagem popular, pela Confraria dos Frades de Nossa Senhora de Rocamadour, congregação vocacionada para fins humanitários, nomeadamente para o apoio aos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela e que se estabeleceu em Portugal em 1192;
1209 - o texto dos foros concedidos por Afonso IX de Leão ao concelho de Castelo Rodrigo menciona a festa de Rocamador;
1321 - segundo o Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarve pelos anos de 1320 e 1321, pertence ao Bispado de Ciudad Rodrigo;
1403 - a paróquia é integrada no denominado "Bispado Novo" de Lamego, que incorporou as paróquias anteriormente sob a jurisdição da mitra de Ciudad Rodrigo;
Séc. XVI - construção da capela lateral;
1509 - a igreja surge representada no Livro das Fortalezas de Duarte de Armas com campanário de frontão triangular de dupla sineira;
Séc. XVII - execução de alguns retábulos, existentes no lado do Evangelho;
Séc. XVIII - transformaçôes arquitectónicas e no mobiliário litúrgico, colocação do tecto de caixotões na capela-mor, policromia da abóbada de cruzaria de ogivas da capela lateral;
1769 - a paróquia é integrada no Bispado de Pinhel, na visita de Riba Côa;
1770 - passagem da dependência do Bispado de Lamego para o Bispado de Pinhel, criado nessa data;
1882, 19 de Abril - por extinção do Bispado de Pinhel, a paróquia de Castelo Rodrigo é integrada no Bispado da Guarda. Foi reitoria da apresentação do Bispo.
Características Particulares
Igreja medieval de fundação românica e edificação durante o gótico inicial, conservando vestígios de várias campanhas de obras, nomeadamente renascentistas, chãs e barrocas. Fachada lateral mostra cachorrada zoomórfica sob a cornija. Torre campanário adossada à fachada principal, com o primeiro andar embebido no embasamento do adro, só visível a partir da fachada lateral. Mantém vários retábulos e imaginária seiscentista, bem como púlpito renascença e a primitiva pia baptismal. Dois contrafortes laterais. Pintura mural no lado do Evangelho da capela-mor, representando uma Última Ceia.
Materiais
Granito, cantaria com juntas argamassadas, sem revestimento, alvenaria reboca e caiada; telha de canudo; forros de madeira; pintura mural.
(fonte: IHRU)
Características Particulares
Igreja medieval de fundação românica e edificação durante o gótico inicial, conservando vestígios de várias campanhas de obras, nomeadamente renascentistas, chãs e barrocas. Fachada lateral mostra cachorrada zoomórfica sob a cornija. Torre campanário adossada à fachada principal, com o primeiro andar embebido no embasamento do adro, só visível a partir da fachada lateral. Mantém vários retábulos e imaginária seiscentista, bem como púlpito renascença e a primitiva pia baptismal. Dois contrafortes laterais. Pintura mural no lado do Evangelho da capela-mor, representando uma Última Ceia.
Materiais
Granito, cantaria com juntas argamassadas, sem revestimento, alvenaria reboca e caiada; telha de canudo; forros de madeira; pintura mural.
(fonte: IHRU)
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