sexta-feira, 27 de maio de 2011

O designado: Antigo Convento da Graça, Loulé


Analisemos um exemplo gritante da falsidade, mentira mesmo, dos escritores da dita História oficial e dos ditos, com honradas excepções claro, arquéologos e arquitectos da tugue.

As primeiras cinco (5) imagens são da década de 40 do Séc. XX (imagens ex-DGEMN), e a 6ª (de PortugueseEyes) é actual.
Reparem nas discrepâncias imediatas entre as imagens, todas elas, e a versão oficial do designado: Antigo Convento da Graça de Loulé.

Três comentários após a versão oficial:

Arquitectura religiosa, gótica. Igreja conventual da qual resta o portal de arco quebrado sobre um gablete com a última arquivolta lavrada, com motivos vegetalistas, colunas monolíticas sobre plintos altos, muito semelhante aos da Igreja Matriz de Loulé, Igreja de São Francisco de Santarém, ao lateral do Igreja do Convento Carmo, em Lisboa, entre outros.

Descrição
Dos restos da igreja da Graça o portal em ruínas é o elemento mais importante, todo o resto foi desvirtuado por construções modernas que se apoderaram das antigas capelas e do claustro. O portal de arco quebrado, sobre um gablete, quebrado no ângulo, assenta as suas arquivoltas em capitéis vegetalistas, sobre colunas monolíticas, cujas bases se apoiam em altos plintos. A última arquivolta é lavrada com flores estilizadas. Sobre esta encontra-se uma estrela de 6 pontas.

Enquadramento
Urbano; o portal em ruínas está entre construções modernas, embora feitas sobre os restos do antigo convento e abre para um amplo largo de circulação rodoviária.

Época Construção
Séc. XIV

Cronologia
Este convento terá pertencido primeiro aos Franciscanos ou aos Templários.
Em 1580 o Cardeal D, Henrique doou o convento à Ordem de S. Agostinho.
O convento foi vendido em 1834 por 500$000 réis e as suas duas cercas por 300$000.

(fonte: IHRU, um "estudo" realizado em 1991)

Comecemos pelo começo!

- «Este convento terá pertencido primeiro aos Franciscanos ou aos Templários.»
Sim senhor. É como o polícia da Régua, branco ou tinto, tanto faz ...
Ora, se repararem nas fotos, têm resposta imediata:
Trata-se originalmente de um templo, que pertenceu à Ordem do Templo.
Miraculosamente o Portal ainda existe.

- «A última arquivolta é lavrada com flores estilizadas. Sobre esta encontra-se uma estrela de 6 pontas.»
Bom ... o estudioso só pode ser vesgo.
Trata-se de um Estrela de 5 Pontas: Signum Salomonis.

Mas, as surpresas não se esgotam nestas simples palavras. Quem vir estas imagens e conhecer um determinado Templo, perceberá.

Este é, pois, o exemplo típico das entidades públicas cuja obrigação é o estudo, inventário e defesa do património português.

Pobre Património

2 comentários:

RUI GONÇALVES disse...

Olá!
Sigillum não percebi o que queria dizer com "Reparem nas discrepâncias imediatas entre as imagens". Fico com a ideia de que o portal nunca foi mexido, pelo menos nas imagens que mostra no blog.

Quanto ao que as entidades oficiais escrevem não acho que seja caso para ficar tão incomodada, afinal de contas citam duas hipoteses. Não tivessem colocado a hipotese de ser templária e até compreenderia a sua indignação.

Não consegue dizer-nos mais nada sobre essa igreja, alem do que as entidades oficiais dizem, e o porque de a atribuirem aos Franciscanos eventualmente?

A sua ideia de ser Templária resulta do simbolo ou de mais algum facto?

Cumprimentos

Sigillum disse...

Olá,

Se ler a frase até ao fim vai perceber; a discrepância entre as imagens e o texto.

Também não fiz qualquer referência a que o portal tinha sido mexido, bem pelo contrário: Miraculosamente o Portal ainda existe.

Isso de dizer mais, fiquemo-nos pela constatação de que se trata de mais uma delapidação ao património Templário.
E de mais uma patacuada das entidades públicas portuguesas.

Resulta do Signum, mas também da arquitectura do portal.

Cumprimentos