Eu, D. Martim Gil amo do Infante D. Afonso (depois Afonso IV) e mordomo da Rainha (Santa) D. Isabel, dou a VÓS, D. Lourenço Martins, Mestre do Templo e ao vosso Convento e Bailia de Santa Maria de Tomar, todolos herdamentos que eu de direito devo haver em termo de Ourém, no lugar que é dito Tomarel.
A Quinta que foi de Gonçalo Gonçalves e está a 3 léguas de Tomar, ad Orcariam, junto a Urqueira Vila Nova de Ourém e 3 casais que eu hei no Julgado de Penacova, em lugar que é dito Travanca; dos quais casais 2 houve de Nuno Mendes e um campo.
Dou as coisas sobreditas sob tal pacto e sob condiçôes que o Comendador e os Freires que depois dele forem, tenham um capelão na lgreja de Santa Maria de Tomar, que Cante uma missa de Santa Maria celebrada cada dia no Altar de S. Martinho por todo o sempre, pela alma de meus avós D. Martim Anes e de meu Pai, pela minha, de meu sobrinho Martim Anes, e pelas almas daqueles donde eu venho especialmente.
Lisboa, 5 de Junho de 1331 (1293).
NOTA: Esta Capela chamada ao presente (1542) dos Tomarães, foi instituida por um fidalgo D. Martim Gil.
Lisboa, 5 de Junho de 1331 (1293).
NOTA: Esta Capela chamada ao presente (1542) dos Tomarães, foi instituida por um fidalgo D. Martim Gil.
Era aio do Infante D. Afonso e Mordomo-Mor da Rainha Santa Isabel. Foi alferes-mor do Reino e Conde de Bacelo. Esta capela, chamada de Tomarães, foi magnificamente dotada. E tanto que corrente tantos anos, quase 5 séculos, ela se conserva com exacto cumprimento dos seus encargos e obrigações; compunha-se, além dos bens de Ourém, de outro em Penacova e em Travanca.
Mandou o dito fidalgo que se fizesse à custa destas rendas, uma capela com a evocação de S. Martinho em Santa Maria dos Olivais em Tomar, a qual, actualmente (Séc. XVII) é intitulada de S. Bartolomeu, cuja imagem está(va) pintada no altar da dita capela.
(fonte: TT, Livro das Escrituras)
(fonte: TT, Livro das Escrituras)
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