Homem Bom.
Virtuoso.
Exemplo de hombridade e despreendimento.
- Julieta Araújo, ULEste Lente de Prima da Universidade e Bispo de Angra era filho do convento da Azeitão.
Provinha de famílias muito humildes e subira por mérito próprio e dedicação ao estudo.
Conforme se sublinha na História de S.Domingos, por vezes, os reis procuravam dar os grandes cargos da Igreja a religiosos modestos e desligados dos interesses materiais, sendo um exemplo disso Frei António da Ressurreição.
Assim, vindo de S.Domingos de Azeitão, casa reformada, ascendeu a altos cargos por reconhecidas qualidades morais e de carácter e não por nascimento.
Conta-se que certa vez quando passava por uma rua com um leigo, cruzou-se com uma senhora idosa com ar humilde, a quem o frei beijou a mão respeitosamente, apresentando-a como sua mãe.
Foi Deputado do Santo Oficio, sendo eleito Bispo de Angra e para tal foi sagrado em Junho de 1638, na igreja, de S.Brás de Lisboa.
Partiu com tão poucos pertences, sem séquito, nem pompas, que não parecia ser um bispo.
O que tinha era para ajudar os pobres, repartindo com os necessitados tudo o que podia. Um exemplo disso, era distribuir muitas vezes o seu dinheiro para poderem alcançar o hábito os que a tal aspiravam.
Logo que chegou, "começou a visitar aquellas Ilhas, examinando todas suas Igrejas, n'ellas prégava Missionario, ministrava os Sacramentos. Paroco, attendia ás necessidades Esmoler..", assim continuando no seu trabalho infindável. Mas, se tudo isto fez em pouco tempo, ainda lhe faltava visitar as ilhas de S.Miguel e de Santa Maria. Como a doença o impedia de andar, era transportado de cadeira. Estando já muito fraco, teimava em fazer o seu mister e acabou por falecer pouco depois.
Foi sepultado na igreja de S. Sebastião, em Ponta Delgada, e depois trasladado para o Mosteiro da Conceição e finalmente para o Colégio de S. Tomás de Coimbra. Foi sempre muito recto nas contas da Mitra, dando dinheiro para Coimbra e para Azeitão.
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