Oh Sapientia... Oh Adonai...
Igreja de Santa Maria da Álcaçova
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Foi mandada edificar em 1090, pelo Presbítero Vermudo (ele próprio afirmou que a ergueu desde os alicerces), por ordem do Conde D. Sesnando, com a condição de metade das rendas dela ficarem pertencendo à Sé de Coimbra, no tempo do Bispo D. Crescónio.
A escritura de doação data de 24 de Dezembro de 1095.
Reza a tradição, que esta igreja foi trasladada de um monte, situado a noroeste da vila cerca de "tres tiros de espingarda", onde se conservavam vestígios da Igreja de S. Gens.
A igreja foi reedificada no primeiro terço do século XII e sagrada entre 1128 e 1131 (conforme consta na inscrição), no priorado de D. Sisnando, sagração realizada pelo Bispo D. Bernardo.
Em 1245, por deposição do rei D. Sancho II, o Bispo D. Tibúrcio, com alguns cónegos da Sé, sentindo-se pouco seguros em Coimbra, refugiaram-se na alcáçova do castelo e estabeleceram-se junto à Igreja.
Por morte, D. Tibúrcio foi sepultado neste templo.
Este templo sofreu algumas reformas em 1285, como refere o testamento de João Guilherme Sancino.
Foi reedificada definitivamente no primeiro quartel do século XVI, obra atribuída ao arquitecto Francisco Pires, sob a ordem do bispo-conde D. Jorge de Almeida, que aproveitou para as alvenarias o da demolição, tendo-se empregado mesmo no 1º arco à direita uma lápide fúnebre de 1230.
No século XVIII, ainda tinha a irmandade do Santíssimo Sacramento e, como filiais, as vigararias de Reveles, Alfarelos, Santo Varão, Meãs e o curato do Seixo.
Manteve-se igreja colegiada até à data da sua extinção, em finais do século XIX e detinha um pároco, 5 beneficiados e um tesoureiro.
A igreja foi paroquial desde sempre, sendo a última consagração datada de 30 de Julho de 1874, por Decreto de D. Manuel Correia de Bastos Pina, que unia as duas paróquias numa só: Santa Maria de Alcáçova e São Martinho, com sede nas duas igrejas. O edifício sofreu obras pelo Ministé rio da Guerra e depois pelos Monumentos Nacionais em 1933.
Sofreu obras de beneficiação entre 1962 e 1994.
No campo da arquitectura, apresenta uma composição estrutural simples, com três naves de cinco tramos e três capelas absidais.
Nave central levantada, sem janelas acima das arcadas.
Cabeceira de composição complexa: arcos abertos entre as capelas laterais e a mor, em plano, dão a aparência de um transepto e pilares compostos.
As três ábsides são semi-circulares, com as paredes externas em quase continuação das laterais das naves.
Frontaria com porta de arco quebrado (ogival), de dois colunelos e breves capitéis, acompanhados de molduras finas.
Sobrepõe-se-lhe um óculo pequeno (rosácea), de bastantes molduras concêntricas.
Acima da porta crava-se o brasão de D. Jorge de Almeida. Campanário angular, com torre baixa, no cunhal direito.
Tem três retábulos com imagens, salientando-se Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora do Ó, Santas Mães, Santa Luzia, Santa Apolónia, S. Brás e o Arcanjo S. Gabriel.
(fonte: C. M. Montemor-o-Velho)
Igreja de Santa Maria da Álcaçova
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Foi mandada edificar em 1090, pelo Presbítero Vermudo (ele próprio afirmou que a ergueu desde os alicerces), por ordem do Conde D. Sesnando, com a condição de metade das rendas dela ficarem pertencendo à Sé de Coimbra, no tempo do Bispo D. Crescónio.
A escritura de doação data de 24 de Dezembro de 1095.
Reza a tradição, que esta igreja foi trasladada de um monte, situado a noroeste da vila cerca de "tres tiros de espingarda", onde se conservavam vestígios da Igreja de S. Gens.
A igreja foi reedificada no primeiro terço do século XII e sagrada entre 1128 e 1131 (conforme consta na inscrição), no priorado de D. Sisnando, sagração realizada pelo Bispo D. Bernardo.
Em 1245, por deposição do rei D. Sancho II, o Bispo D. Tibúrcio, com alguns cónegos da Sé, sentindo-se pouco seguros em Coimbra, refugiaram-se na alcáçova do castelo e estabeleceram-se junto à Igreja.
Por morte, D. Tibúrcio foi sepultado neste templo.
Este templo sofreu algumas reformas em 1285, como refere o testamento de João Guilherme Sancino.
Foi reedificada definitivamente no primeiro quartel do século XVI, obra atribuída ao arquitecto Francisco Pires, sob a ordem do bispo-conde D. Jorge de Almeida, que aproveitou para as alvenarias o da demolição, tendo-se empregado mesmo no 1º arco à direita uma lápide fúnebre de 1230.
No século XVIII, ainda tinha a irmandade do Santíssimo Sacramento e, como filiais, as vigararias de Reveles, Alfarelos, Santo Varão, Meãs e o curato do Seixo.
Manteve-se igreja colegiada até à data da sua extinção, em finais do século XIX e detinha um pároco, 5 beneficiados e um tesoureiro.
A igreja foi paroquial desde sempre, sendo a última consagração datada de 30 de Julho de 1874, por Decreto de D. Manuel Correia de Bastos Pina, que unia as duas paróquias numa só: Santa Maria de Alcáçova e São Martinho, com sede nas duas igrejas. O edifício sofreu obras pelo Ministé rio da Guerra e depois pelos Monumentos Nacionais em 1933.
Sofreu obras de beneficiação entre 1962 e 1994.
No campo da arquitectura, apresenta uma composição estrutural simples, com três naves de cinco tramos e três capelas absidais.
Nave central levantada, sem janelas acima das arcadas.
Cabeceira de composição complexa: arcos abertos entre as capelas laterais e a mor, em plano, dão a aparência de um transepto e pilares compostos.
As três ábsides são semi-circulares, com as paredes externas em quase continuação das laterais das naves.
Frontaria com porta de arco quebrado (ogival), de dois colunelos e breves capitéis, acompanhados de molduras finas.
Sobrepõe-se-lhe um óculo pequeno (rosácea), de bastantes molduras concêntricas.
Acima da porta crava-se o brasão de D. Jorge de Almeida. Campanário angular, com torre baixa, no cunhal direito.
Tem três retábulos com imagens, salientando-se Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora do Ó, Santas Mães, Santa Luzia, Santa Apolónia, S. Brás e o Arcanjo S. Gabriel.
(fonte: C. M. Montemor-o-Velho)
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