É tradição antiquíssima herdada de uns para outros, que pelo "VALE DE CHELAS" entrava um esteiro do mar, o qual chegava até ao pátio do Mosteiro, onde está o poço dos SANTOS MÁRTIRES, e que naquele lugar tomara porto uma barca guiada por ordem do Céu, em que vinha o corpo de S. Felix, e os outros gloriosos Mártires; cujas relíquias se guardam naquele Mosteiro com grande veneração... o corpo de S. Felix veio a Lisboa por vontade divina.
Numa extremidade do vale de Chelas, em Lisboa, está implantado o Convento de invocação a S. Félix e Santo Adrião.
Ao contrário daquilo que é habitualmente dito, o mosteiro ou convento de Chelas não era apenas de mulheres, ou apenas de homens. O Mosteiro de Chelas era misto.
Ao contrário daquilo que é habitualmente dito, o mosteiro ou convento de Chelas não era apenas de mulheres, ou apenas de homens. O Mosteiro de Chelas era misto.
Na Torre do Tombo, existe uma transcrição paleográfica e tradução do latim de um acordo celebrado entre as religiosas de Chelas e Martim Perez, cidadão de Lisboa de 1181. Bem como
uma carta de doação de uma vinha feita ao Mosteiro de Chelas por D. Sancho I e D. Dulce em 1192, no qual é referido que: O Mosteiro de Chelas é dos Frades de São Félix de Chelas.
A data da fundação do Mosteiro, de características românticas, perdeu-se na origem dos tempos, o que para alguns historiadores atesta que foi edificado antes da nacionalidade portuguesa.
Outros cronistas afirmam que a fundação do convento de Chelas terá sido anterior ao nascimento de Cristo e, defendem, que foi o primeiro templo pagão a ser convertido ao cristianismo.
Aqueles que defendem a origem mais antiga afirmar que o Convento de S. Félix foi construído no Séc. VII antes de Cristo e que é a clausura mais antiga de Lisboa e seus arredores, tendo sido objecto de diversas remodelações.
Conta a tradição, descrita por Vilhena Barbosa, que no ano de 666 apareceram nos terrenos fronteiriços ao largo de Chelas os dois grandes caixões em mármore contendo as relíquias de S. Félix e dos seus doze companheiros, martirizados na Catalunha, no ano de 301.
Os caixões navegaram durante três séculos no Atlântico, vindo parar ao local onde depois seria erigido o convento sob a invocação de S. Félix. Mais tarde, em 804, o conde Servando depositou no convento as relíquias de Santo Adrião e de Santa Natália. Desde essa data, o convento de Chelas passou a chamar-se de Santo Adrião e de S. Félix.
As relíquias dos 26 santos padroeiros do mosteiro foram colocadas, em 1604, em esculturas mandadas fazer por D. Luiza de Noronha, que as colocou nos altares da capela principal da igreja.
Um marco milenário, dedicado ao imperador Adriano, descoberto na zona da actual estrada de Chelas - Rua Gualdim Pais, e que provava ter sido aquela via uma antiga estrada militar romana, esteve durante muitos anos nos terrenos do convento.
O Mosteiro é doado por D. Afonso Henriques à Ordem do Templo.
D. Afonso Henriques, em 1147, D. Afonso II, em 1219-26, e D. Manuel, em princípios do século XVI, foram os principais obreiros das reconstruções.
A igreja, monumento nacional, tem um portal manuelino interessante e tinha muitos azulejos, na frontaria.
No Convento de S. Félix entrou, aos oito anos de idade, com a mãe e a irmã - mandadas aprisionar pelo Marquês de Pombal - a célebre poetisa Marquesa de Alorna, que esteve no Convento até aos 18 anos.
O Convento de S. Félix sofreu diversas remodelações ao longo dos tempos. O grande terramoto quase o destruiu, tendo a igreja de ser reconstruída, praticamente, de raiz.
Durante o liberalismo, o convento foi profanado, perdendo o seu interior o aspecto religioso, uma vez que foi adaptado a outros fins.
As viúvas dos oficiais mortos no Ultramar, nos últimos anos de monarquia, foram aqui recolhidas. Do mesmo modo, o velho convento de cor parda, pertença do estado, serviu de residência a outras famílias pobres e aos operários da Fábrica da Pólvora. Esta unidade industrial - a Fábrica Nacional de Munições e Armas Ligeiras -, esteve aqui instalada, em 1955, e só anos mais tarde foi transferida para Braço de Prata.
No espaçoso largo, em frente do convento, houve, em tempos, muitos arraiais populares, que historiadores afirmam terem sido bastante concorridos.
Quanto ao vale de Chelas, os historiadores afirmavam que era bastante povoado, abrangendo uma área significativa. Atravessado ao meio pela linha férrea, o vale tem início junto ao Tejo, entre o Mosteiro da Madre de Deus e a antiga Fábrica dos Tabacos de Xabregas. Em tempos muito remotos, supõe-se que passasse pelo vale um pequeno braço do Tejo: um esteiro que acabaria por secar deixando, contudo, os terrenos férteis.
Um enorme pinheiro manso dava uma grandiosa sombra ao Convento de S. Félix e ao largo, numa zona onde predominavam os olivais e hortas verdejantes.
uma carta de doação de uma vinha feita ao Mosteiro de Chelas por D. Sancho I e D. Dulce em 1192, no qual é referido que: O Mosteiro de Chelas é dos Frades de São Félix de Chelas.
A data da fundação do Mosteiro, de características românticas, perdeu-se na origem dos tempos, o que para alguns historiadores atesta que foi edificado antes da nacionalidade portuguesa.
Outros cronistas afirmam que a fundação do convento de Chelas terá sido anterior ao nascimento de Cristo e, defendem, que foi o primeiro templo pagão a ser convertido ao cristianismo.
Aqueles que defendem a origem mais antiga afirmar que o Convento de S. Félix foi construído no Séc. VII antes de Cristo e que é a clausura mais antiga de Lisboa e seus arredores, tendo sido objecto de diversas remodelações.
Conta a tradição, descrita por Vilhena Barbosa, que no ano de 666 apareceram nos terrenos fronteiriços ao largo de Chelas os dois grandes caixões em mármore contendo as relíquias de S. Félix e dos seus doze companheiros, martirizados na Catalunha, no ano de 301.
Os caixões navegaram durante três séculos no Atlântico, vindo parar ao local onde depois seria erigido o convento sob a invocação de S. Félix. Mais tarde, em 804, o conde Servando depositou no convento as relíquias de Santo Adrião e de Santa Natália. Desde essa data, o convento de Chelas passou a chamar-se de Santo Adrião e de S. Félix.
As relíquias dos 26 santos padroeiros do mosteiro foram colocadas, em 1604, em esculturas mandadas fazer por D. Luiza de Noronha, que as colocou nos altares da capela principal da igreja.
Um marco milenário, dedicado ao imperador Adriano, descoberto na zona da actual estrada de Chelas - Rua Gualdim Pais, e que provava ter sido aquela via uma antiga estrada militar romana, esteve durante muitos anos nos terrenos do convento.
O Mosteiro é doado por D. Afonso Henriques à Ordem do Templo.
D. Afonso Henriques, em 1147, D. Afonso II, em 1219-26, e D. Manuel, em princípios do século XVI, foram os principais obreiros das reconstruções.
A igreja, monumento nacional, tem um portal manuelino interessante e tinha muitos azulejos, na frontaria.
No Convento de S. Félix entrou, aos oito anos de idade, com a mãe e a irmã - mandadas aprisionar pelo Marquês de Pombal - a célebre poetisa Marquesa de Alorna, que esteve no Convento até aos 18 anos.
O Convento de S. Félix sofreu diversas remodelações ao longo dos tempos. O grande terramoto quase o destruiu, tendo a igreja de ser reconstruída, praticamente, de raiz.
Durante o liberalismo, o convento foi profanado, perdendo o seu interior o aspecto religioso, uma vez que foi adaptado a outros fins.
As viúvas dos oficiais mortos no Ultramar, nos últimos anos de monarquia, foram aqui recolhidas. Do mesmo modo, o velho convento de cor parda, pertença do estado, serviu de residência a outras famílias pobres e aos operários da Fábrica da Pólvora. Esta unidade industrial - a Fábrica Nacional de Munições e Armas Ligeiras -, esteve aqui instalada, em 1955, e só anos mais tarde foi transferida para Braço de Prata.
No espaçoso largo, em frente do convento, houve, em tempos, muitos arraiais populares, que historiadores afirmam terem sido bastante concorridos.
Quanto ao vale de Chelas, os historiadores afirmavam que era bastante povoado, abrangendo uma área significativa. Atravessado ao meio pela linha férrea, o vale tem início junto ao Tejo, entre o Mosteiro da Madre de Deus e a antiga Fábrica dos Tabacos de Xabregas. Em tempos muito remotos, supõe-se que passasse pelo vale um pequeno braço do Tejo: um esteiro que acabaria por secar deixando, contudo, os terrenos férteis.
Um enorme pinheiro manso dava uma grandiosa sombra ao Convento de S. Félix e ao largo, numa zona onde predominavam os olivais e hortas verdejantes.
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