Conta a lenda da terra que houve uma vez um cervo, que os Deuses do Olimpo quiseram que fosse Rei.
Escolheu estas terras outrora desabitadas pelo homem e aqui reuniu a sua colónia de cervos, de tal modo que nas redondezas toda a gente passou a chamar a estes lugares "terras de cervaria".
Muitos anos correram.
Muitos anos correram.
Lutas e refregas, calamidades que foram dizimando a colónia, até que ficou só o Rei Cervo.
Diz a lenda que na Reconquista, quando os Senhores de pendão e caldeira desceram dos cerros asturianos à conquista do que seria mais tarde o "Condado Portucalense", um jovem fidalgo desafiou o Rei Cervo para uma luta frente e frente.
E o velho senhor aceitou.
A luta seria travada entre arvoredos e ervas daninhas e num local onde existiam pequenas valas no lugar de Valinha (Cornes ?).
E sem apelo nem agravo conta-nos a "estória", o Rei Cervo venceu!
Ficou com o pendão do fidalgo e, a partir daí, seu brasão de armas foi a bandeira conquistada.
Mas os Deuses enganaram o velho Rei. Ele não seria imortal …
Cansado da vida, doente, na solidão das fragas, o velho Senhor morreu. E com ele desapareceu para sempre a "Terra da Cervaria" (…).
Mas os Deuses enganaram o velho Rei. Ele não seria imortal …
Cansado da vida, doente, na solidão das fragas, o velho Senhor morreu. E com ele desapareceu para sempre a "Terra da Cervaria" (…).
Ainda hoje e para que a "estória" se não perdesse, as "armas" de Vila Nova de Cerveira têm um cervo em campo verde, passante de ouro, armado de prata, contendo entre as hastes um escudete de azul carregado de cinco besantes de prata.
E, também, no cimo dos montes deste Município mandou construir "in memoriam" o Rei Cervo, que numa notável escultura em ferro, de José Rodrigues, atesta a longevidade das "Terras de Cervaria".
(Vila Nova de Cerveira)
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