sexta-feira, 24 de abril de 2009

As visitas a Tomar são sempre fonte de inspiração e paz.
Mas, também, de constatações e plenitude.

Este artigo não tem título.
E não o tem porque seria forte demais.

Aquilo em que permitiram que se transformar-se Santa Maria do Olival, é uma infâmia.

Muitos deram o seu sangue e a sua vida, pelos demais.
Muitos deram o seu sangue e a sua vida, para que existisse um país chamado Portugal.
Esses, foram sepultados em Santa Maria do Olival.
E aí foram sepultados, não porque não tivessem outro local onde o ser, mas porque aí seria o último reduto a alcançar.
Aí o foram.
Aí repousaram os seus restos mortais. O local escolhido. O local fonte de homenagem, honra e tributo aos seus valorosos feitos.
Aí, respeitados e honrados.

Chorei.
Chorei.

Como poderam transformar um local de Paz, num aterro sanitário?
Como poderam profanar os restos daqueles que tão digna e desinteressamente deram as suas vidas?
Como é possível que a gesta que está, tenha descido tão baixo, ao ponto de permitir um acto tão infame como aquele que está?

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