Fonte: Correcção ex-DGEMN, actual IHRU1118 - Fundação da Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo;
Séc. XII, final - Construção do primitivo oratório templário, num dos ângulos da muralha, pelo grão-mestre D. Gualdim Pais;
1190 - Cerco do exército de al-Mansur ao Castelo de Tomar;
Séc. XIII, 2º quartel - Tomar é doada à Ordem do Templo, tornando-se a sua sede militar nacional;
1319 - 14 de Março - A pedido de D. Dinis, o Papa João XXII institui a Ordem de Cristo para substituir a extinta Ordem do Templo;
1357 - Tomar torna-se sede da Ordem de Cristo;
Séc. XV, 1ª met. - Obras henriquinas:
adaptação do oratório templário, introduzindo-se nas 2 faces O. da Charola um coro com 6,40m X 5,40m, em arco aberto, a meia-altura, na espessura da parede, do qual subsiste a moldura em colunelo da arquivolta interior *4; construção de 2 claustros, capela de São Jorge (1426) e Paço;
1484 - D. Manuel, desde esta data Grão-Mestre da Ordem de Cristo, manda construir uma sacristia (actual Sala de Passagem), que até então funcionava na Capela de S. Jorge; tinha comunicação com o coro e com o cubelo da muralha onde se situava a antiga casa-forte;
1492 - D. Manuel reúne o Capítulo Geral onde decide mandar ampliar o Convento;
1499 - São gastos 3.500 reais em obras: melhoramentos na Casa do Capítulo, retábulo do altar-mor, grades de ferro para os arcos da Charola e pintura da mesma, arranjos no coruchéu e no Coro (henriquino), início da construção de nova Casa do Capítulo;
1503 - Nova reunião do Capítulo tendente à Reforma da Ordem, ordenando o Rei expropriar a antiga Vila de Dentro, intra-muros, e encerrar as portas do Sol e de Almedina;
1506 - D. Manuel decide mandar construir o corpo da nave da igreja;
1509 - Um raio destrói a lanterna e coruchéu que coroava a Charola *5;
1510 - pintura mural do tambor central, ao que se pensa, mandadas fazer por D. Manuel a Fernão Anes; encomenda atribuída ao pintor régio Jorge Afonso de 12 tábuas (de que restam 5 em estado integral, 1 incompleta e 2 fragmentos), para as paredes da charola;
1510 / 1513 - entre estes anos decorreu a construção do novo Coro (nave) por Diogo Arruda, a mando de D. Manuel, no local que hoje ocupa, contudo, as medidas apontadas no documento não coincidem com as actuais;
1510, 13 Jun. - Carta de D. Diogo de Braga para o rei sobre a obra feita por Diogo de Arruda;
1511 / 1514 - construção do cadeiral gótico por Olivier de Gand e Fernão Muñoz, oferecido por D. Manuel I ao Convento de Cristo *6;
1512, 23 Agosto - Carta que refere o pagamento feito a Diogo de Arruda pelas obras que efectuou no Convento;
1515 - Provável conclusão da nave da igreja por João de Castilho, conforme assinatura e data existentes no portal;
1510/1518 - Execução das pinturas da abóbada da Charola;
1519 - Primeiras referências documentais da presença de João de Castilho no Convento, respeitantes à construção dos lagares e aos estaleiros onde se lavrava a pedraria para as obras;
1523, 25 de Janeiro - Data de falecimento de D. Diogo da Gama, conforme inscrição na sua arca tumular (em arcossólio manuelino) na ala S. do Claustro do Cemitério;
1523 a 1540 - A Coroa faz várias doações de dinheiro para as obras do Convento;
1529 - Reforma da Ordem acometida por D. João III a Frei António de Lisboa, que expulsa antigos freires, impõe a clausura e elabora novos estatutos baseados na Regra de São Bernardo;
1530 - A Reforma espiritual é acompanhada de uma reforma material, tendo início nova campanha obras de João de Castilho: construção do Claustro de D. João III e dos outros a Oeste da Charola;
1533, 9 de Julho - Carta de D. João III para Frei António de Lisboa, ordenando que se adquirissem os terrenos necessários para as obras novas de ampliação do Convento;
1533 - Carta de quitação de D. João III que refere as obras feitas por João de Castilho:
Coro, Casa para o Capítulo, arco grande da Igreja, portal principal, casas do Aposento da Rainha e obras miúdas; Conclusão do cruzeiro dos Dormitórios conforme inscrição em cartela no tambor da cúpula; data incisa em duas filacteras agarradas por anjos, no arranque do arco da abóbada das ruínas da Casa do Capítulo, referente à campanha de obras de 1533 - 1545;
1536 - data inscrita numa das faces dos púlpitos do refeitório;
1537 - data inscrita no fecho da abóbada na fonte do Anjo;
1539 - data inscrita no fecho da abóbada da sala contígua à cozinha e no fecho da abóbada do antigo celeiro;
1540, 16 Jun.- Carta de João de Castilho sobre a obra dos Dormitórios;
1541 - data existente no fecho da abóbada da galeria do claustro da Hospedaria; num capitel duma coluna do claustro da Micha; numa coluna do ângulo nascente do pavimento térreo do claustro Filipino; na verga da janelado topo N. do corredor do cruzeiro;
1542 - data no fecho da abóbada do claustro da Micha;
1543 - data existente em oito capitéis do claustro da Hospedaria e no fecho da abóbada do claustro dos Corvos;
1546, 4 Março - Carta de João de Castilho sobre a obra dos Estudos dos Colegiais;
1546 - Conclusão do Claustro da Micha iniciado por João de Castilho cerca de 15 anos antes;
1548 - João de Castilho constrói os Estudos dos Colegiais, a Cela do D. Prior, o corredor do eirado sobre a Livraria e faz os esboços dos espelhos do Noviciado;
1548, 11 Setembro - Carta de João de Castilho pedindo a El-Rei provisão para a aquisição de carros para a condução de materiais para as obras;
1551 - Carta de João de Castilho sobre a factura da escada do Coro; o mesmo mestre de obras constrói a Cozinha, o eirado do andar dos Dormitórios, a varanda da Enfermaria e a Cisterna;
1553 - falecimento de João de Castilho;
1557 / 1580 - Início do derrube do Claustro de D. João III e construção de outro renascentista, por Diogo Torralva, no mesmo lugar, designando-se a partir de então por Claustro Filipino (embora se mantivesse, por tradição, a designação anterior), obra interrompida em 1565;
1562 - conclusão da ala N. do Claustro de D. João III, conforme data existente no fecho da abóbada do ângulo NE.;
1581 - Entrada de Filipe II no Convento de Cristo:
realização das Cortes de Tomar no Terreiro da igreja;
1583, 13 de Setembro - Carta do Contador Pero Henriques referindo obras de reparação efectuadas em 1573/75 por Fernão Rodrigues (pintor) - pintura dos painéis dos altares e das colunas, pilares e paredes da Charola - e por Lucas Pires (carpinteiro) - andaimes para limpeza das paredes da Charola, restauros no coro, sacristia e retábulos na crasta dos Cavaleiros, tendo os trabalhos sido avaliados por Simão de Abreu (pintor) e Francisco Rodrigues (carpinteiro);
1584 - Construção do túmulo de Baltazar de Faria na ala S. do Claustro do Cemitério;
1584 a 1598 - Ordem de Filipe II para o arranque das obras do aqueduto, fontes e lavabos do Convento, a que Terzi daria início - em 1619 estas ainda decorriam, tendo Filipe III deixado verba para as terminar (algumas fontes estavam já acabadas, mas ainda por colocar); Ordem de Filipe II a Nicolau de Frias e a Filipe Terzi para que estudassem o lugar onde construir a nova portaria (Portaria Real ou Filipina) que estes arquitectos concluíram poder erguer-se no terreiro da igreja, entre a porta desta e a do Capítulo, com serventia pelo Claustro Real (de D. João III) ou mais abaixo, com entrada pelo Claustro do Lavor (da Lavagem). A difícil conciliação dos acessos com a necessidade de recolhimento dos religiosos nos referidos claustros acabaria por protelar o projecto; execução da teia da Charola em pau-santo;
1591 - Conclusão da construção do Claustro principal (galeria superior S.) e obras de remodelação da Charola, por Filipe Terzi;
1593 - Construção do Lavabo do Claustro principal por Filipe Terzi, tendo a data inscrita no frontão;
1596, 19 de Janeiro - Carta informando Filipe II que estavam ainda por acabar o retábulo do Refeitório e o do cruzeiro dos Dormitórios, a Portaria, o lajedo e degraus do Terreiro da igreja e o lavatório da sacristia velha (manuelina - actual Sala de Passagem);
1598 a 1615 - Pedido do D. Prior do Convento a Filipe III para fazer a Portaria em lugar mais adequado, que o monarca terá despachado favoravelmente;
1599 - Construção do túmulo de D. Pedro Álvares Seco na ala O. do Claustro do Cemitério;
1612, 27 de Junho - Atribuição de verba para a obra da sacristia nova (Filipina);
1615, 3 de Dezembro - Nomeação de Diogo Marques Lucas como Arquitecto das Obras de Tomar;
1618 - Início da construção da Portaria Real, Casa da Escada e Sala dos Reis, por Diogo Marques Lucas, obra que custaria no total 8.000 cruzados;
1618 a 1630 - Demolição de uma torre da muralha Norte para a construção da portaria nova; execução das portas da Portaria em madeira de angelim e pregaria de bronze; construção do pátio da Portaria (que antecede a escadaria filipina); azulejamento deste e dos 3 lanços da escadaria; construção da Sala dos Reis, incluindo tecto de madeira, 2 bancos de pedra forrados com tábua e azulejos, e de uma sala contígua com a mesma decoração; execução do lavabo da sacristia velha (Sala de Passagem) e construção do corredor que lhe ficava anexo, integrando 5 confessionários com ligação ao Coro; azulejamento deste corredor, do corredor de ligação com o Claustro do Cemitério, dos Dormitórios, da escada de caracol do Noviciado e da varanda da Hospedaria;
1618, 11 de Janeiro - Trabalhos finais para a condução de água ao Convento (acabamento da canalização e das fontes); segundo documentação coeva, o custo final de toda a obra terá sido de 60.000 cruzados;
1619 - Entrada de Filipe III no Convento de Cristo para presidir ao Capítulo Geral da Ordem;
1620 - Conclusão da Sacristia Filipina, provavelmente riscada por Francisco Lopes e construída entre o Claustro do Cemitério e a Sala de Passagem *7;
1620, 23 de Janeiro - Atribuição de verbas para a fonte do olho marinho, Casa do Capítulo e ornamentos na porta principal do Castelo de Tomar;
1622, 26 de Novembro - Atribuição de verbas para a obra do Terreiro da igreja;
1626 - Conclusão da Capela dos Portocarreiros na ala O. do Claustro do Cemitério, data incisa no frontão da porta;
1634, 15 de Fevereiro - Atribuição de verbas para concertos no aqueduto do Convento;
1634, 1 de Março - O rei inquire a Mesa Mestral da Ordem sobre a razão do inacabamento do Capítulo que tinha mandado terminar;
1640, 11 de Junho - Atribuição de 1.000 cruzados para se fazer um cofre para a exposição do Santíssimo na igreja do Convento;
1640, 21 de Junho - Consulta para o provimento do cargo de Arquitecto das Obras de Tomar por falecimento de Diogo Marques;
1654 - Data de execução, conforme inscrição na base, da imagem de Cristo da Capela do Cruzeiro;
1686 / 1690 - Remate da fachada das enfermarias e da frontaria da Sala dos Cavaleiros (João Antunes é o mestre das obras das Ordens Militares);
1789 - Abolida a Reforma de Fr. António de Lisboa;
1811 - As tropas francesas ocupam o convento; destruição do Cadeiral de Olivier de Gand;
1834 - Abandono após extinção da Ordem de Cristo; roubo dos livros de canto em pergaminho (com iluminuras), desaparecimento de pinturas e outros espécimes artísticos;
1837 - D.R. de Novembro anuncia para Maio de 1838 a venda de uma parte do Convento de Cristo e cerca, adquiridos por António Bernardo da Costa Cabral, Conde de Tomar e ministro do reino, pelo valor de 5 contos de reis;
1843 - visita da rainha D. Maria II ao palácio do Conde de Tomar;
1844 - elevação da vila de Tomar a cidade;
1845 - D. Maria, acompanhada por D. Fernando, instala-se no convento;
1852 - D. Fernando manda derrubar o piso superior do Claustro de Santa Bárbara e do Claustro da Hospedaria (ala S.) e corredor dos confessionários que lhe passava por cima, para permitir a melhor visualização da fachada O. da nave;
1853 - o claustro da Lavagem encontrava-se em ruína;
1866 - por Portaria de 26 de Setembro, o Ministério das Obras Públicas autorizou o envio de alguns fragmentos do claustro da Lavagem para o Museu do Carmo;
1868 - em 11 de Fevereiro Lucas José dos Santos Pereira é notificado para acompanhar o director das Obras Públicas do distrito de Leiria, Augusto de Abreu, a Tomar, a fim de proceder ao "projecto de obras necessárias para a reparação do Claustro do Cemitério" do Convento de Cristo;
1871, 15 de Novembro - auto de cedência pelo Ministério das Obras Públicas ao Ministério da Defesa das dependências das antigas enfermarias, hospital, sala dos Cavaleiros, Botica e claustro da Micha, entre outras, para ocupação pelo Hospital Militar Regional nº 3, com a designação de PM4 / Tomar;
1917 - todo o conjunto, à excepção da igreja era ocupado pelo Ministério da Guerra;
1918 - estragos causados na janela da sala do capítulo;
1919 - o claustro de D. João III e o refeitório passam a fazer parte das dependências monumentais (não foi lavrado auto de entrega porque da recepção também não havia sido);
Séc. XX, anos 20 - o cadeiral actualmente existente no coro, é oriundo do antigo convento de Santa Joana, que existiu em Lisboa;
1921 - o claustro da Hospedaria alojava uma companhia da GNR; pedido de ocupação pela Procuradoria Geral das Missões Religiosas dos Padres Seculares de parte do edifício ocupado pelo M.G., que passam a usufruir da zona do dormitório novo e cruzeiro, noviciado velho e claustro da Micha;
1939 - O Estado compra o Convento aos herdeiros do conde de Tomar;
1964 - foi feito um projecto de "Adaptação a Pousada da Ala ocupada pelo Hospital Militar";
1969 - Danos na Sala dos Cavaleiros causados por sismo; nesta data a sala funcionava como enfermaria;
1971 - pedido da Direcção-Geral da Fazenda Pública para devolução de algumas dependências afectas ao ME (antiga padaria, forno e todas as salas anexas);
1972, 25 Agosto - auto de devolução ao Ministério das Finanças pelo Ministério do Exército da zona do piso térreo do Convento de Cristo, constituída pela padaria e salas anexas;
1985 - cedência ao IPPC de dependências até então ocupadas pelo HM3;
1986 - devolução ao Ministério das Finanças de parte das dependências ocupadas pelo Ministério do Exército e agora afectas ao IPPC - três dependências do claustro da Micha e de uma dependência junto ao claustro da Hospedaria;
1991, 31 de Dezembro - desactivação do HMR3;
1992 - projecto para instalação na área ocupada pelo HMR3, de uma área de apoio social para Oficiais do Exército;
1994, c. de - início do projecto global de recuperação do Convento de Cristo pelo arqtº. Santa Rita;
1995 - celebrado protocolo entre o IPPAR e a EPRPS, para a execução da intervenção de restauro e a recuperação das pinturas da abóbada da charola do Convento de Cristo;
1995 - entrega a título precário das instalações ocupadas pelo ex-Hospital Militar à Escola Prática do Serviço de Material;
1997 - as dependências ocupadas pelo ex-HM3, afecto ao MDN, fazia parte das listas do património a alienar em regime de hasta pública (DL nº 318/97 de 25 de Novembro), DR I Série - nº 273 de 21/11/1997;
2001, 13 de Fevereiro - publicação no DR III Série, nº 37, do concurso público nº 306/IPPAR-L/E/2000, para adjudicação da empreitada "Convento de Cristo, Ermida da Imaculada Conceição - Obras de restauro e conservação";
2002 - pelo Despacho conjunto, MF / MDN / MC, nº 266/2002, de 12 de Março, publicado no DR nº 84, II Série, de 10 Abril, foi autorizada a reafectação deste PM ao MC para utilização do IPPAR.
Obrigada a Rui Ferreira pelo reparo
2 comentários:
DGEMN, não!, agora é IHRU!
Se fosse ainda DGEMN, estaria (e muito bem)na página do IGESPAR, mas está no Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, que é quem ficou com os arquivos da extinta DGEMN, sabedoria acumulada desde os anos 30 do século passado !!, Só neste país!!!
Credo!
Que iniciais 'tão pouco simpáticas' as desse novo organismo estatal!
Agradeço o reparo
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