«Aprendemos mais coisas na floresta do que nos livros; as árvores e os rochedos ensinar-vos-ão coisas que não conseguiríeis ouvir noutro lugar (...).»
- Bernardo de Claraval (Epístola CVI)
(Monge de Cister e, um, dos mentores dos Cavaleiros Templários)
O século XII exulta de uma impressionante vitalidade espiritual e cultural, é a época das catedrais, das cruzadas, da Ordem do Templo, do Graal, etc.; o tempo prodigioso no qual Bernardo de Claraval, reformador da cristandade e místico da contemplação, tem um protagonismo central.
Quando se tornou monge, Cister era uma ordem muito pobre vítima de calúnias de outras ordens monásticas, no final da sua vida já estavam estabelecidos 243 mosteiros cistercienses na Europa!
Borgonhês como o Conde D. Henrique, correspondeu-se com Dom Afonso Henriques, rei que favoreceu largamente o incremento da Ordem de Cister em Portugal.
Agostinho da Silva sugere mesmo «que a fundação de Portugal é acto inteiro da potência mística e de acção de São Bernardo, o de Claraval».
Figura enigmática, Bernardo, na sua faceta política, luta sem rodeios contra as heterodoxias e heresias da época, no entanto, tem um papel determinante na oficialização e incremento da Ordem dos Templários: escreve Em Louvor da Nova Milícia (De laude novae militiae) e considera que «apenas os Templários estão destinados à guerra santa».
Místico da contemplação, do amor divino entre a Alma-Esposa e o Deus-Esposo, considera o conhecimento de Deus e de si mesmo como a via necessária para o êxtase, para a unitas spiritus: «Meu Deus, fazei com que eu vos conheça e que eu me conheça.
(...)É do céu que nos chega esse conselho: conhece-te a ti mesmo, oh homem.»
- Bernardo de Claraval
Monge de Cister e Mentor dos Cavaleiros Templários
Marie-Madeleine Davy
Edições Èsquilo
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