Interior da Cripta dos Marqueses de Castelo Rodrigo
O Século, 24-03-1939
(fonte: Parlamento)Por contrato celebrado entre o Mosteiro de São Bento da Saúde e o 2.º Marquês de Castelo Rodrigo, D. Manuel de Moura Corte-Real, no 1.º quartel do séc. XVII, o padroado da Capela-Mor da igreja seria propriedade do Marquês e seus sucessores, que sob ela construiriam a sua cripta funerária, ficando ainda com o encargo de construção da própria Capela-Mor.
Iniciada a construção, apenas foram aí sepultados os 1.os Marqueses de Castelo Rodrigo, D. Margarida de Corte-Real e D. Cristóvão de Moura, Vice-Rei de Portugal sob o domínio filipino. O 2.º Marquês permaneceu em Espanha após a restauração da independência de Portugal, em 1640, onde ocupou altos cargos na Corte, pelo que a família foi banida de Portugal e os seus bens confiscados.
A cripta não foi concluída e na 1.ª metade do séc. XVIII um novo contrato celebrado entre o Mosteiro e os descendentes do Marquês fez retornar à propriedade da Ordem a cripta e o padroado da Capela-Mor. Ignorada por longo período, a cripta foi redescoberta nos anos 30 do séc. XX, sendo entulhada por ocasião das grandes obras realizadas no Palácio de São Bento pelo Estado Novo.
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