sábado, 3 de dezembro de 2011

S. Cristóvão de Coimbra


Actualmente nada resta deste templo.
Foi demolido em 1860, para edificarem o Teatro de S. Luís, que posteriormente se passou a chamar Sousa Bastos.

O templo, era anterior à Fundação da Nacionalidade.
Hoje, o teatro, aparenta assim.

Na altura em que procederam à demolição, surgiram estruturas que foram interpretadas como pertencentes a um templo anterior aos condes D. Henrique e D. Teresa.

Documentos referentes à venda de imóveis, provam que S. Cristóvão já existia em 1107-1108.
O templo românico, destruído no séc. XIX, corresponde à reedificação de época afonsina, possivelmente de finais da década de 1170, quando se completava a fachada principal da igreja de S. Salvador.

Deste templo existe oito capitéis, uma descrição, uma planta, e um desenho da fachada em ruínas. Os documentos confirmam grandes semelhanças com a Sé; S. Cristóvão, dizem ser posterior.
O portal de S. Cristóvão diverge do da Sé, por apresentar um tímpano decorado com um Agnus Dei, ladeado por tetramorfo .

Os seus muros laterais formam ainda as paredes externas do teatro que o substituiu.

A qualidade da sua escultura pode ser testemunhada por uma visita ao Museu Nacional Machado de Castro, onde se pode ver um conjunto de oito capitéis de S. Cristóvão de Coimbra.

2 comentários:

Antero Neto disse...

O velho Sousa Bastos! Morei tanto tempo ali ao lado e desconhecia por completo esta história. Mais um atentado encoberto pelas brumas dos tempos. Obrigado.

Sigillum disse...

Imagine-se deitar um local sagrado abaixo para construir um teatro ...! Para além de uma pouca vergonha, é uma infâmia.
Este local sagrado era muito anterior à fundação da nacionalidade. E foi restaurado por D. Afonso Henriques.
Há tanta coisa encoberta neste país; a História Oficial é uma patranha das piores, e muita da verdade, infelizmente, nem sequer pode ser conhecida - pelo menos, nestes tempos de saque e vandalismo descarado -.
Não tem do quê, é um gosto