

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mysterio,
Abria em flor o Longe, e o Sul siderio
Splendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longinqua costa –
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em arvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, ha aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.
O sonho é ver as fórmas invisiveis
Da distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos da esprança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A arvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os beijos merecidos da Verdade.
(fonte: Wikipedia)Baalbek ou Balbek (em aramaico Balabakk) é uma cidade histórica do Líbano.
Antiga cidade da Fenícia, no vale de Bekaa, tornou se colónia romana sob Augusto. A acrópole da cidade conserva importantes vestígios romanos.
As gigantescas ruínas de Baalbek encontram-se a meio da planície de Beqaa, entre as cordilheiras do Líbano e do Anti-Líbano. Foi chamada Heliópolis, "cidade do sol", pelos gregos e romanos.
Sua origem recua até perder-se nas antigas lendas de Baal, que era considerado " o controlador do destino humano". Durante os primeiros séculos da era cristã, Baalbek foi muito próspera e famosa. A construção dos edifícios, tais como os conhecemos actualmente, foi iniciada pelo Imperador romano Antonino Pio (138-161 d. C), e continuada por Septímio Severo e outros imperadores até Caracala (211-217 d.C).
Os romanos construiram Baalbek para honrar Júpiter, Baal e Baco, e para impressionar as nações do Oriente com o poder e a grandeza de Roma. Na condição de centro adoração do Sol, tornou-se conhecido como morada de um oráculo. Foi visitada pelos principais governantes, e por pessoas importantes que vinham de todas as partes.
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Enquadramento
Urbano, junto ao cemitério paroquial.
Descrição
Planta longitudinal, composta por nave única, capela-mor rectangular e sacristia também rectangular adossada a N. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 e 4 águas na sacristia. Fachada principal lisa flanqueada por dois cunhais, também lisos, de ordem gigante, sobrepujados por pináculos piramidais. Portal axial de duas arquivoltas levemente apontadas, apresentando capitéis decorados com temas vegetais. Sobrepujando-o está um óculo quadrifoliado, gradeado e envidraçado, ladeado por duas janelas rectangulares com moldura, gradeadas e envidraçadas, implantando-se no remate da empena uma cruz pétrea. A nave apresenta, de cada lado, uma porta de vão rectangular e duas janelas altas, gradeadas e envidraçadas, que iluminam o seu interior. Esta, de apreciáveis dimensões, tem as paredes, em cantaria, revestidas até meia altura de azulejos azuis e brancos e daí para cima por duas séries de baixos relevos, de madeira, pintados e dourados, representando cenas da Paixão de Cristo, da vida do padroeiro e estações da Via Sacra, tipo de revestimento que também cobre o arco da Capela da Almas, assim como o arco triunfal, excepto no intradorso que está pintado com temas vegetalistas. O tecto, apainelado, é constituído por um conjunto de 91 caixotões de madeira pintados. A capela-mor, alta e profunda, está coberta por um tecto apainelado constituído por caixotões de madeira pintados, apresentando um altar neoclássico. Na nave, no lado da Epístola encontra-se um altar em talha joanina dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Do lado do Evangelho abre-se uma capela rectangular dedicada às Almas, também revestida de azulejos azuis e brancos até meia altura, sendo a restante parede rebocada. A torre sineira localiza-se à esquerda do portal, tendo uma planta quadrangular, com cunhais lisos, de ordem gigante, apresentando quatro janelas sineiras. Possuindo gárgulas em todos os ângulos, a torre é encimada por um coruchéu central com remate em fogaréu, estando rodeado de uma balaustrada com pináculos nos cantos. Na parede N., a partir da capela-mor, abre-se, em vão rectangular, que comunica com a sacristia, onde existem igualmente alguns painéis de azulejos coloridos, análogos aos da nave.
Descrição Complementar
Na capela-mor, na parede do lado da Epístola, inserto num arcossólio de volta perfeita, encontra-se um sarcófafo com tampa, de secção hexagonal com aresta superior aplanada, e volume em duas águas, decorado na tampa com rosetas e na parede do sarcófago com escudos lisos, emoldurados por arcaturas cegas, havendo vestígios de pintura a vermelho. A nave possui dois púlpitos adossados às paredes laterais, colocados frontalmente, com plataforma em granito e varandim e sanefa também decorados com baixos relevos de madeira, pintados e dourados, assim como três confessionários encastrados nas paredes, dois do lado da Epístola e um do lado do Evangelho. O coro-alto está sustentado por um par de colunas toscanas, apresentando um varandim em madeira, com balaústres na zona central encimados por uma cartela onde está inscrita a data de 1733, tendo a sua decoração um tratamento idêntico ao do revestimento das paredes, sendo o acesso pelo exterior, através da torre sineira. Sob o coro-alto, encontra-se a pia baptismal, do lado do Evangelho, enquadrada por um arco rasgado na parede, em posição e colocação simétrica com um altar dedicado a S. Martinho.
Foi inicialmente Convento Beneditino
Época Construção
Séc. XIII / XVIII
Cronologia
Séc. IX - Instituição de um convento beneditino duplex [misto];
Séc. XIII - passagem de mosteiro a abadia secular;
Séc. XIV - provável remodelação da igreja;
Séc. XVIII - reconstrução da Igreja e sua redecoração;
1733 - data da cartela do coro-alto;
1977 - classifição dos elementos românicos da Igreja;
1980, 26 Março - Despacho alargando a classificação a toda a igreja, tendo em conta a qualidade estilística dos demais elementos do imóvel;
1997 - decreto-lei atribuindo uma nova redacção à designação oficial do imóvel.
Tipologia
Arquitectura religiosa, românica e barroca. Igreja de planta longitudinal e capela-mor rectangular exteriormente de grande simplicidade, com alguns vestígis românicos, nomeadamemte no portal, mas interiormente de alguma riqueza decorativa devido aos alçados estarem revestidos a azulejos e talha barroca.
Características Particulares
Paredes revestidas de azulejos do Séc. XVIII e por duas séries de baixos relevos de madeira; tecto em caixotões pintados; sarcófago decorado inserido em arcossólio.
Observações
*1 - O sarcófago estava entaipado, tendo aparecido aquando das obras de 1982.
*2 - Junto à Igreja terão existido sepulturas escavadas na rocha, destruídas para o alargamento da rocha.
(fonte: IHRU)
Raimundo Garcia de Portocarreiro (1100 -?) ou Reimão Garcia de Portocarreiro ou ainda Ramon Garcia de Portocarrero foi um Fidalgo de origem galega que passou a Portugal com o Conde D. Henrique. Raimundo Garcia de Portocarreiro é o fundador da família Portocarreiro em Portugal.
Deste Raimundo Garcia de Portocarreiro descende uma linhagem tida como das ilustres de Portugal, foi agraciada pelo conde de Portugal D. Henrique de Borgonha que lhe fez a doação do couto de Portocarreiro. Foi deste extenso senhorio que D. Raimundo tomou o nome de Portocarreiro. Segundo o Historiadores este D. Raimundo era irmão de D. Monio Garcia (de Portocarreiro), que surge documentado como senhor da “quintã de Vilar”, quinta este que integrava a honra de Portocarreiro.
Essa propredade de Vilar foi herdade pela descendência de D. Raimundo, pelo que tudo leva a crer que o irmão não teve filhos.
Segundo a história eram filhos de D. Garcia Afonso e de D. Estevaínha Mendes, fidalgos asturianos. Este D. Garcia, era filho de D. Afonso Garcia, de outro D. Garcia Afonso, sendo que a este o rei D. Ordonho III de Leão vem chamar de primo numa doação que faz à Igreja de Santiago de Compostela no ano de 954.
Entre os anos de 1129 e 1153, D. Raimundo Garcia de Portocarreiro aparece bem documentado e a fazer a confirmação de muitos documentos régios. Aparece também a fazer parte como membro do conselho que então governava Portugal, onde é indicado como sendo de illos infançones qui erant in Porttucale.
Aparece também em documentação relacionada com uma questão levada a julgamento na cidade de Coimbra, corria o ano de 1153, questão esta sobre o Mosteiro de São Martinho de Soalhães, onde se reuniram como partes intervenientes D. Fernão Peres Cativo, D. Gonçalo Mendes de Sousa, o arcebispo da cidade de Braga, o bispo da cidade do Porto, o bispo da cidade de Lamego e o bispo da cidade de Viseu, além dos infanções D. Gonçalo Gonçalves, D. Raimundo Garcia de Portocarreiro, D. Sarracino Mendes Espina e por fim D. Gosendo Moniz.




Choveu bastante, a terra encontra-se fertilizada…
Estava ressequida, motivo duma seca prolongada!
Novas sementes na próxima aurora germinarão,
Ao encontro de suas congéneres já amadurecidas
Ansiosas por conhecer outras formas de vidas!
A água em excesso segue a corrente dos rios
Em direcção ao oceano contornando os desafios
Na descida dará de beber a quem tem sede.
O caudal vai deslizando de forma suave
Alcança o mar que o abraça e absorve…
Esse é o instante em que o rio renasce!
- Rui Pais, Uma nova semente
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