A existência de Homens e Mulheres, ocorreu pela necessidade de conjugação e de toda uma panóplia de experiência e interpretação da Existência; na realidade, é um teste à capacidade de entendimento e de conseguir ultrapassar o Ego - pela compreensão, dedicação e sacrifício a favor do Outro: ter e compreender em Si os opostos e complementar-se no Outro.
"No greater love hath man, than to lay down is life for another."
O Branco e o Preto, o transcender-se em si para ir de encontro ao Outro.
A cultura judaíco-cristã veio por em causa estes princípios básicos, elementares, no equilíbrio entre o Céu e a Terra. Procrastinou a Mulher, como se do Mal se trata-se, e lançou ao Caos em mais de 2 Milénios a Humanidade, regredindo-a ao estado disforme de Escravo. No seio da cultura judaíco-cristã, a Revolução Industrial veio criar desiquilíbrios e inverter a Génese.
Victor Hugo, escritor e poeta francês, dá conta dos diferentes papéis do Homem e da Mulher no esquema da Existência -
Não há lugar a qualquer usurpação de papéis ou pecado original, tudo está conforme o Equilíbrio Primordial.O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar. O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefinível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas. A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.
Entre muitos outros Povos e Culturas, os Celtas respeitavam a Natureza, respeitavam a Razão e a Essência da Existência: Hieros Gamos, união espiritual.
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