Que seja um Ano de Descobertas Belas!
Força e Coragem para Aguentar
Paciência e Tolerância para Perseverar
Amor, para Tudo Ultrapassar
Não há notícia certa do dia, mês e ano, da sua fundação, por não haver título no cartório que o declarasse, nem os cronistas o descobriram até 1859.
Consta que já tinha sido fundado pelo rei D. Dinis, em 27 de Fevereiro, da Era de César de 1333 (ano de Cristo de 1295), concedendo licença para a fundação o bispo e Cabido de Lisboa, aceitando também o abade de Alcobaça, e a primeira abadessa e religiosas.
O fundador dotou o mosteiro, e nomeou para património dele os padroados das Igrejas de Santo Estêvão de Alenquer, São Julião de Santarém, e também a mata de Loures, casas, vinhas, pomares, hortas, olivais, pedreiras, lagares, moinhos e fornos em diversos sítios.
Posteriormente, dotou os padroados das Igrejas de São Julião de Frielas e de São João Baptista do Lumiar, quinze moios de pão de foro anual (que se trocou com o rei D. Afonso IV, filho do fundador, por outra fazenda), as lezírias da toureira, uma marinha de sal, entre outros, tudo nos sítios de Odivelas, Pombais, Loures, Lisboa, Sintra, Alenquer, Castanheira seus limites e termo. Nomeou rendas de algumas destas fazendas, para diversos fins da Igreja, e sustentação da enfermaria, de acordo com a carta da fundação, e seus traslados autênticos, e de várias doações do rei, juntamente com outras de reis e rainhas, em confirmação do mesmo.
Um dos privilégios concedidos por D. Dinis ao Mosteiro, foi o de poder herdar qualquer fazenda comprada, ou adquirida, pelas religiosas que falecessem professas, sem embargo da lei que o proibia, estabelecida pelo mesmo.
Estipulou que as religiosas fossem à Igreja, junto da sua sepultura, encomendá-lo a Deus. Alcançou uma bula pontifícia para que este Mosteiro gozasse de todos os privilégios que tinham sido concedidos ao Mosteiro de Alcobaça.
Por sua vez, D. Pedro I, ratificou o privilégio do couto.
D. Afonso V, confirmou o privilégio, mas D. Felipe II, recusou, ficando desde então, sem vigor a respeito dos criminosos.
D. Fernando, libertou o mosteiro de certos tributos, seguiram-se privilégios concedidos por outros monarcas, nomeadamente D. João I, D. João II, D. Manuel I, D. Afonso IV, D, Afonso V, D. João III, D. Duarte (proibiu que se emprazassem bens do mosteiro a pessoas poderosas), D. Afonso IV, D. Pedro II, D. Filipa de Lencastre, D. Catarina (mulher de D. João III), recolhidas neste Mosteiro (Maria Vasquez, entre outras), D. Catarina, mulher de D. Grácio de Castro (bisavô de quatro religiosas irmãs com este apelido), bem como documentos pontifícios de Paulo IV, Martinho V, produzidos ao longo dos séculos, entre outros.
Em 1859, o convento pertencia ao concelho de Belém.
Em 4 de Agosto de 1886, a Fazenda Nacional tomou posse do Convento.
Contém a descrição e avaliação do edifício do Convento, igreja, cerca, anexos, de bens imóveis (rústicos e urbanos) e dos bens móveis, alfaias, objectos de culto e profanos, foros, prazos, autos de avaliação, mapas de despesa, pessoal do Convento (sendo abadessa D. Maria Carlota Anchieta), títulos de crédito público, propriedades e enfiteutas.
Compreende a minuta do inventário dos bens do Convento do concelho de Belém, sendo juiz o desembargador da Relação Eclesiástica, João de Deus António Pinto, e escrivão da Fazenda do distrito de Lisboa, Joaquim António Gonçalves. Estiveram presentes no acto, os capelães Rufino Maria Vares Ferro, e António Simões Leite, o procurador do Convento, António Manuel de Araújo, a madre abadessa D. Maria Carlota Anchieta, a madre prioresa D. Inês Margarida do Nascimento e Sousa, e a madre escrivã cartorária D. Guilhermina Rafael da Silva Valente (1859, 365 f.).
A Igreja do Convento compunha-se da capela-mor com suas casas contíguas, uma contendo o túmulo de D. Dinis, e outra de um infante de Espanha.
Inclui o termo de depósito de objectos - tapetes da Pérsia, objectos de prata, entre outros - na posse do cardeal patriarca, transportados para São Vicente de Fora.
Contém a relação de títulos de padrões de juros reais, carta de D. Carlos I, de venda de um foro imposto num prédio de casas arrematado por D. Maria José Baptista Bello de Carvalho, 2 de Dezembro de 1891 (perg.), listas de bens arrematados (impressas).
Inclui documentação dos condes do Restelo, visconde de Odivelas, viscondes de Ouguela, condes do Restelo, de Joaquim Ladisláu de Morais, tutor das filhas do falecido marquês de Viana (1895).
Reúne documentação da venda de propriedades de D. Maria da Madre de Deus Ritta Haucourt de Sousa Padilha e Seixas, viúva de Francisco Peixoto Coelho Pinto Pereira da Silva, e herdeira universal de seu pai Pedro Norberto Haucourt de Sousa Padilha e Seixas.
Integra o livro do Inventário do arquivo do Real Mosteiro de São Dionísio de Odivelas (1891, 122 f.).
Os livros do espólio foram descritos e avaliados por José Ferreira da Silva, José Pedro da Cruz Leiria, avaliador, em 30 de Abril de 1887.
O cartório possuía um manuscrito (Evangelhos) feito e desenhado pela filha do herói de Aljubarrota, D. Filipa de Lencastre, que a infanta-freira por sua morte legou ao mosteiro.
O acervo era constituído por breviários da Ordem de Cister, livros de usos e cerimónias cistercienses da Congregação de Santa Maria de Alcobaça, "Trabalhos que Jesus passou desde a hora em que foi Concebido até à Sua prisão", por frei Tomé de Jesus, "Cartas de Santa Madre Teresa de Jesus", impresso em espanhol, "Diferença entre o temporal e o eterno", por João Eusébio Nieremberg, "Imitação de Cristo", por Tomás Kempi, "Grito das almas no Purgatório", pelo Dr. José Bonet, "Carta de Marear", por frei António do Rosário, "Itinerário da Terra Santa", por frei Pantaleão de Aveiro, "Notícia dos custosos meios por onde veio a Portugal a Ordem de São Salvador", por soror Mariana Josefa, "Compromisso da Irmandade do Santíssimo do Real Mosteiro de São Diniz de Odivelas", da Irmandade de Passos, biografias, hagiologias, regras monásticas, místicas, orações. Obras publicadas em diversos idiomas.
Contempla ainda documentação da abadessa D. Maria Carlota Anchieta sobre obras de restauro no edifício do Convento, particularmente na igreja onde estava sepultado o rei D. Dinis.
Inclui a planta da igreja paroquial de Odivelas, desenhada e copiada por António Maria Rolim Caruço, assinada por V.J. Correia, arquitecto, e copiado por Augusto José Quadrio dos Reis, planta geral do edifício do ex-Convento de Odivelas, o projecto das obras para a instalação de uma associação piedosa e de ensino do sexo feminino a cargo do engenheiro director José Joaquim de Paiva Cabral Couceiro, da Secção de Arquitectura n.º 7, da Direcção das Obras Públicas e Minas, do distrito de Lisboa (1887).
A 27 de Maio de 1898, D. Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto de Bragança, duque do Porto (filho do rei D. Luís I de Portugal e de D. Maria Pia), presidente da comissão executiva, do Instituto destinado à educação e manutenção de orfãs de oficiais do Exército e da Armada, solicitou o edifício do Convento.
Em 6 de Dezembro de 1899, o duque do Porto, os generais Craveiro Lopes, António de Queirós, Eliseu de Serpa Dias Costa, o major Albuquerque, e os capitães Gonzaga, e Andrade, nomearam regente D. Maria do Carmo Pinto de Magalhães, e sub-regente D. Luísa da Cunha e Silva do Instituto D. Afonso. Foi eleito o conselho gerente, composto ainda pelo coronel Morais Sarmento e os capitães Gonzaga e Alves.
Os estatutos tinham sido aprovados por Decreto de 9 de Março de 1899. Tinha um carácter particular, funcionava por cotas entre os oficiais.
Em 1936, este instituto situado em Odivelas (ocupava parte do edifício e cerca) era designado por Instituto Feminino de Educação e Trabalho.
Integra também documentação relativa ao Convento de Nossa Senhora da Nazaré do Mocambo, da mesma Ordem.
Em 2 de Setembro de 1896, ainda era viva a religiosa professa do suprimido Convento do Mocambo, a qual residia na freguesia de Odivelas.
O Convento do Mocambo foi agregado ao de São Dionísio de Odivelas.
A Igreja e algumas propriedades anexas foram cedidas ao Instituto D. Afonso, posteriormente denominado Torre e Espada.
O sino da igreja foi entregue à Junta da Paróquia da freguesia de Nossa Senhora da Quietação, de Valada, concelho do Cartaxo, sendo outros objectos entregues a irmandades, ao prelado, à Academia de Belas Artes de Lisboa, entre outras instituições.
Os livros da biblioteca do Convento, do n.º 1 até o n.º 169 das verbas do inventário, conforme Decreto de 29 de Dezembro de 1887, foram entregues a Luís Carlos Rebelo Trindade, conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa e Inspector das Bibliotecas Públicas, em 20 de Julho de 1888.
Os livros descritos nas restantes verbas, já tinham sido levados pelo solicitador da Câmara e Cúria Eclesiástica, em 18 de Junho de 1887.
Durante a administração da abadessa D. Maria Carlota Joaquina Anchieta (falecida em 1874), desapareceram alguns objectos de culto e profanos, entre os quais um cofre que continha o corpo de São Guilherme, bem como as alfaias que foram doadas por D. Dinis, por testamento de 20 de Junho de 1328.
Os tapetes que estavam destinados ao Museu Nacional, foram levados para o Paço de São Vicente de Fora, bem como os livros de pergaminho iluminado.
O marquês de Valadas ficou com mobiliário.
Na minuta do inventário dos bens do Convento do concelho de Belém alude-se à fundação do Convento por D. Dinis, neste sítio que chamava da [s]ua camara de morada.
(fonte: Torre do Tombo)
Doutor da Igreja de Constantinopla, denominado: o Teólogo.
Passou no final do Séc. IV.
Realizou muitos milagres, sendo também designado por: Taumaturgo.
Deixou três corpos:
o primeiro foi em Constantinopla;
o segundo em São Pedro de Roma,
e o terceiro em Veneza, na igreja de S. Zacarias.
Estes três corpos são inteiros o que
não obsta a que exista uma quarta cabeça deste santo
em Cozeza no reino de Portugal .
As relíquias e imagens de São Gregório
Nazianzeno fizeram muitos milagres.
Cedrenus conta, que Leão o Arménio
abolia por todo o lado tais imagens santas,
e queria abolir o culto que o seu filho Constantino,
o qual após ter ficado mudo durante alguns dias,
ao rezar diante da imagem de S. Gregório
Nazianzeno, foi de imediato curado.
Constantino utilizou este milagre para tentar convencer o pai,
mas, a incredulidade do pai, estragou tudo.
Leão, o Arménio imaginou que o seu filho tinha
inventado a mudez para afirmar que tinha ocorrido um milagre.
Donec Auferatur Luna
Deus judicium tuum regi da: et justitiam tuam filio regis: Judicare populum tuum in justitia et pauperes tuos in judicio.
Deus, daí ao rei o Vosso poder de julgar: e a Vossa justiça ao filho do rei: para que julgue o Vosso povo com justiça e os Vossos pobres com equidade.
"... se longe no futuro, o Reyno sofrer a perda de soberania esperamos, nós os primeiros de Portugal, que a vontade ferrea de a manter, chegue intacta aos portuguezes de então para prontamente a reaverem..."
1264 - D. Afonso III doa a Santa Cruz de Coimbra os dízimos das Igrejas de Assumar, Óbidos e de Albergaria de Poiares, com os seus bens, em troca do direito de senhorio no castelo de Arronches;
1266 - desavença entre o bispo de Évora e o prior de Santa Cruz de Coimbra sobre quem deveria receber a terça pontifical;
1384 - D. Nuno Álvares Pereira visita a igreja em acção de graças pela vitória da Batalha de Atoleiros.
Assumar, ou Zuma (Paz em árabe), Açumar, ou Septem Arae (Sétima Ara em Latim).
Conquistada por D. Afonso Henriques e os Templários entre 1139 - 1140.
Foi definitivamente recuperada por D. Sancho I em data indeterminada.
Data do Séc. XIII, o primeiro documento escrito. Uma doação de terrenos e propriedades no seu termo, feita por Lourenço Martins e por sua esposa Sancha Fernandes à Ordem do Hospital.
Coube, sempre, aos Templários darem-se o seu sangue para que este país fosse construído e uma realidade.
O que fez a História Oficial?
Transformou a Ordem do Templo de Salomão, numa vulgar nota de rodapé, mentirosa e desconexa. Os seus Frutos e construções, dados a terceiros; destruídas, desfiguradas, descaracterizadas, profanadas.
A falta de Respeito, total, completa. A estupidez crassa.
Contudo, este país, continua Hoje, como Ontem, a ser um Belo Projecto.
- WikipediaA torre de Sande, ou fortaleza de Sande, é uma fortificação medieval situada na paróquia de São Salvador de Sande, no concelho Ouriense de Cartelle, na Comunidade Autónoma da Galiza (Espanha).
Empraza-se sobre um solitário rochedo, a 506 metros de altitude, desde o qual domina os férteis vales que a rodeiam, a terra entre os rios Minho e o rio Arnoia, num cume desde o que se domina a totalidade do vale de Sande[1]. Levanta-se sobre um alto “cabeço” de 506 metros de altitude. No lugar que ocupa destaca-se visualmente de jeito ostensível sobre o entorno, apesar de estar completamente rodeado de grande quantidade de carvalhos e outras árvores.
A verticalidade das ladeiras que conduzem à colina faz que o cume só seja acessível pelo lado poente.
Desde o seu local privilegiado servia ao mesmo tempo como centro de controlo da riqueza agropecuária da veiga, bem como ponto de domínio de uma confluência de várias vias de comunicação obrigatórias, configurando-se desta como um importante lugar de controlo do território.
Conta uma cantiga tradicional:
“Castelo de Sande, pernas de avión, cuantas terras vexo, todas miñas son”.
Da história deste castelo sabe-se que, em 1141, o rei Afonso VII de Leão e Castela e a rainha Berengária de Barcelona doaram a torre aos abades do Mosteiro de San Salvador de Celanova, que possuíram desde então o título de marqueses da Torre de Sande.
"...illud castellum de Sandi cum omni sua hereditate et sua voce et caritello quem habet inter Minium et Arnoium fluuis, qui ex utraque parte illus castelli discurrunt"
— RECUERO, M.Alfonso VII, nº 90.
A sua historia está muito em contacto com as terras do outro lado do rio Arnoia.
Os confrontos entre os abades e os descendentes dos Sande, tiveram o seu momento de maior virulência quando, numa das brigas, Nunho de Sande matou o abade de Celanova, provocando o castigo real de que o castelo e fazenda dos de Sande passassem a fazer parte do património do mosteiro.
O castelo também foi palco das lutas entre Fernando II de Leão e o primeiro rei português, Afonso Henriques, em 1165, durante as quais o monarca luso se apoderou da fortaleza. Os galegos sitiaram o exercito e, segundo a lenda com a ajuda de São Rosendo recuperaram a praça forte.
Em 1218 castelo e terras voltaram para as mãos do rei.
Nesta data o casteleiro real dos castelos de Sande e Santa Cruz, foi demandado pelo mosteiro de Celanova ante Afonso IX de Leão. Na sua sentença o monarca priva ao casteleiro a entrar nos coutos do mosteiro próximos ao castelo:
"...quod maiordomus de regalengo non debet ponerse caritellum nec incautare aliquem in Montibus nisi Anfeoz"
— Coleção Diplomática do Mosteiro de Celanova.
Consta documentalmente que no século XIV era dono da Torre, e das terras das atuais paróquias de Lovios, Gendive e Milmada, Payo Rodríguez de Arauyo (Araujo) que serviu ao rei João I de Castela. No ano 1380 a terra de Sande junto ao couto de Arnoia estivo usurpado por don Alvar Rodríguez de Limia:
"...que tenendes en encomienda contra su boluntad toda tierra de Sande, que es del dicho monesterio del qual dicho tierra dixo que levades pan et vino et serviçios et todos los otros derechos que pertenecen al dicho monesterio"
— Coleção Diplomática do Mosteiro de Celanova, nº 188
(...)
A torre foi declarada de Interesse Turístico Nacional em 1949. Encontra-se sob a proteção da Declaração genérica do Decreto de 22 de Abril de 1949, e da Lei n° 16/1985 sobre o Patrimônio Histórico Espanhol.
Trata-se de um castelo roqueiro do qual em nossos dias só se conserva em deficiente estado a torre de menagem, construída com perpianhos de granito muito bem trabalhados. É de planta retangular de 6,4 metros por 5,8 metros e conserva 13 metros de altura.
Possivelmente tratasse dunha construção de estilo Gótico tardio, do século XIV, do que se deduze do seu almofado e do arco de volta perfeita da porta.
A superfície superior na qual se levanta a torre é uma afloração de penedos de forma alongada e estreita em direção Norte – Sul, com cerca de 55 metros de comprimento e não mais de 7 metros de comprimento, e disposto em terraços de diferentes alturas, fazendo que a circulação sobre o cume seja muito difícil.
A torre levanta-se com bons perpianhos graníticos assentados directamente sobre os proeminentes penedos.
Na parte superior conserva uma pequena pedra de armas da linhagem dos Sande. A porta de acesso abre-se à altura do primeiro andar, a uns 3 metros e meio do chão e orientada para Leste. Sob esta porta conservam-se duas mísulas e vários signos lapidários e marcas de canteiro.
A torre é coroada por um ameado beiril, do qual só se conservam algumas mísulas. Consta de vários andares, um deles abobadado.
- É Dia da Tradição, dos Costumes Ancestrais; do Culto da Terra.
Momento em que a configuração dos astros permite o designado Verão de S. Martinho.
As castanhas, fruto precioso durante muitos e muitos séculos para a alimentação dos povos europeus, chega ao seu auge, e os ouriços ficam definitavamente "maduros", permitindo retirar com maior facilidade os seus frutos: as castanhas.
Da matança do porco, e do fumeiro.
É o momento em que o vinho do ano encerra a sua maturação, e é por fim bebido.
Os frutos da Terra.
Esta conjugação de símbolos, faz deste dia, um dia Único.
É ele mesmo o símbolo de um Novo Ciclo; um Novo Ciclo que terá a sua concretização em 2012.
Também eu quero abrir-te e semear
Um grão de poesia no teu seio!
Anda tudo a lavrar,
Tudo a enterrar centeio,
E são horas de eu pôr a germinar
A semente dos versos que granjeio.
Na seara madura de amanhã
Sem fronteiras nem dono,
Há de existir a praga da milhã,
A volúpia do sono
Da papoula vermelha e temporã,
E o alegre abandono
De uma cigarra vã.
Mas das asas que agite,
O poema que cante
Será graça e limite
Do pendão que levante
A fé que a tua força ressuscite!
Casou-nos Deus, o mito!
E cada imagem que me vem
É um gomo teu, ou um grito
Que eu apenas repito
Na melodia que o poema tem.
Terra, minha aliada
Na criação!
Seja fecunda a vessada,
Seja à tona do chão,
Nada fecundas, nada,
Que eu não fermente também de inspiração!
E por isso te rasgo de magia
E te lanço nos braços a colheita
Que hás de parir depois...
Poesia desfeita,
Fruto maduro de nós dois.
Terra, minha mulher!
Um amor é o aceno,
Outro a quentura que se quer
Dentro dum corpo nu, moreno!
A charrua das leivas não concebe
Uma bolota que não dê carvalhos;
A minha, planta orvalhos...
Água que a manhã bebe
No pudor dos atalhos.
Terra, minha canção!
Ode de pólo a pólo erguida
Pela beleza que não sabe a pão
Mas ao gosto da vida!
- Miguel Torga, Terra
Pelo Bem, pelo Amor, pelo Respeito, pela Presença e pela Partilha, serem Hoje e na Eternidade, Almas de Amor e Luz.
Por Todo o anterior, continuais no Coração
As três primeiras imagens são dos idos de 1963, altura em que o alambor da vertente/encosta a norte do Castelo Templário de Thomar, não "chateava ninguém". Foi inclusive documentado em imagens pelas entidades públicas tutelares de então (parece que naquela altura ainda não incomodava ...).
A quarta imagem, publicada por Frei Alcino, é já do Séc. XXI, e mostra o «dito cujo» alambor.
A quinta e a sexta são deste mês de Outubro; o alambor destruído em toda a curva da estrada de alcatrão e o correspondente muro de betão, seguido do troço de alambor que subsistiu e que se encontra tapado por plástico, foi este troço considerado um 'achado' - pelo menos, esse pequeno troço ainda lá está, e servirá de amostra para a reconstrução de todo o restante que foi subtraído.
Vemos ainda toda a subtração, destruição e construção em betão que lá consta a, literalmente, apodrecer, pois a obra está parada por completo, considerando que o empreiteiro que terá recebido da Câmara Municipal de Tomar, não pagou aos sub-empreiteiros.
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