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Do lado direito, imagens correspondentes a Santa Maria do Castelo, na Lourinhã, e à esquerda, imagens de Santa Maria do Olival, em Tomar.
Denominador comum?
Os Templários.
A igreja matriz da freguesia da Lourinhã é gótica e foi erguida no séc. XIV, tendo sido sagrada por D. Lourenço Vicente, arcebispo de Braga, natural e senhor da Lourinhã. Substitui uma anterior do séc.XII, construída por D.Jordão, o primeiro senhor da Lourinhã.
Situada junto das muralhas do desaparecido castelo e por isso também conhecida por Santa Maria do Castelo, a actual igreja matriz é um templo amplo e sumptuoso. É composta por três naves separadas por oito arcos ogivais, sustentados por colunas de calcário, monolíticas, encimadas por capitéis esculpidos com elementos vegetais todos diferentes.
Nas duas naves encontram-se dois túmulos, supondo-se ser o da esquerda de D.Jordão.
A capela-mor, tem forma octogonal e a abóbada assenta em grossas nervuras chanfradas, onde se observa escudos armoriados, sendo um já quase imperceptível e tendo o outro quatro flores de lis, um loureiro e dois pequenos escudos transversalmente opostos pelos vértices.
Na parede vê-se um nicho manuelino, emoldurado em cordas esculpidas, que serviam para guardar os santos óleos.
O pórtico principal, virado para o mar, possui quatro arquivoltas com capitéis historiados, representando cenas da vida familiar rural e do Antigo Testamento, bem como animais mitológicos, já bastante gastos pela erosão dos ventos carregados de sal, vindos do mar. Esta porta é encimada por uma das mais belas rosáceas da época.
Caminhando para Sul, pode observar-se que a esquina assenta numa pedra romana. O pórtico sul é de três arquivoltas e gablete. No séc. XVI e devido a um desaterro, este baixou, vendo-se ainda as marcas da localização inicial. A torre sineira é também desse século.
Ao lado norte encontra-se uma porta ogival, de arestas chanfradas, decoradas com carrancas e vieiras esculpidas, estas últimas simbolizando os peregrinos que se dirigem a Santiago de Compostela, o que faz supor situar-se a Lourinhã nos caminhos de peregrinação.
A igreja de Santa Maria do Castelo foi classificada monumento nacional em 1922.
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